O presidente Donald Trump logo ao assumir o governo, em 2016, implantou, em 2017/2018, a política da "tolerância zero", na imigração e passou a caçar todo estrangeiro, independentemente do tempo de vida no país. O programa recebeu a denominação de El Paso e conseguiu apartar de seus pais ao menos 2.800 crianças. É o nacionalismo exacerbado, o racismo, o comando da nação pela "intuição", que provocou esse absurdo e crueldade que perdura com o tempo e não se encontra solução, porque a violência reprimiu prevalência de qualquer sentimento humano.
Todo estrangeiro irregular era processado penalmente e havia a separação de pais e filhos, porque aqueles eram conduzidos para penitenciárias, enquanto as crianças transferidas para centros de detenção. Assim, deportou muita gente e o pior é que com essa insensatez tem causado danos substanciais a muitas famílias. A grande dor dos deportados situa-se na separação de seus filhos, conforme denúncia dos advogados da União Americana das Liberdades Civil a um tribunal da Califórnia. Asseguram que estão separados dos pais ao menos 545 crianças, porque permanecem nos Estados Unidos e não se diligenciou para localizar os pais ou não se sabe onde estão os genitores dessas crianças.
Mercê da luta empreendida por ONGs foram localizadas familiares de 485 menores, mas ainda restam mais de 500 sem a convivência com os familiares. Deste total, 283 não obteve nenhuma informação sobre a origem das crianças, muitas das quais separadas quando tinham menos de cinco anos de idade. O candidato do partido democrata, Joe Biden, em nota, atacou Trump afirmando que sua administração "arrancou bebês dos braços de suas mães, e depois parece que esses pais em muitos casos foram deportados sem seus filhos e não foram encontrados. É um ultraje, uma falha moral e uma mancha no caráter do nosso país".
Salvador, 24 de outubro de 2020.
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