Essa palavra, "apoiadores", surgiu com maior uso, recentemente, e serve para definir as pessoas que defendem, intransigentemente, nas redes sociais, seus líderes políticos; são figuras mais citadas o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, os presidentes Donald Trump e Jair Bolsonaro. O alicerce dos "apoiadores" e de seus personagens está no Whatsapp e outros aplicativos na internet, e busca cicatrizar o fanatismo político, através da persuasão de quem lê as desinformações que plantam. Palavras como "mito", "herói" e outras constituem síntese da admiração incondicional dedicada aos seus ídolos, independentemente da biografia passada ou presente. É proibido mostrar desdouro de seus figurões, mas permitido e incentivada a publicação, a difusão e a sedução, com qualificações honrosas.
Os "apoiadores" desses e de outros homens públicos, que ganham suas simpatias, estão isentos de julgamentos, porque são honestos e competentes por natureza; ninguém muda este conceito. Propalam notícias, sem a menor consistência, sempre para endeusar seus "mitos". Se seu líder falar que o voto, através de cédulas, é mais apropriado do que a urna eletrônica, com biometria e outros apetrechos, a razão está com ele e quem se atrever a censurar merece apupos nas redes sociais. Se disser que ganhou a eleição e houve fraude, na proclamação da vitória de seu concorrente, mesmo sem comprovação alguma, é a pura verdade, porque houve fraude e roubo. Se submetido à Justiça, julgado e condenado por juízes e colegiados, é porque os julgadores erraram ou não apreciou devidamente as provas apresentadas pela defesa. Somente a eles, os "apoiadores", é conferida a difusão da reputação de seus personagens. Essa gente é raivosa e dominada pelo ódio, sustenta-se nas redes sociais para tornar verdadeira a mais débil mensagem. Assim, Trump e Bolsonaro foram eleitos e Lula enganou o povo por muito tempo.
É bastante forte a influência da nova tecnologia em todos os segmentos da vida do brasileiro; segundo pesquisa do Comitê Gestor da Internet, em 2020, mais de 70% dos domicílios no Brasil, têm acesso à internet. São inúmeros os benefícios, mas além das vantagens causam danos, porque os "apoiadores" e até usuários inocentes promovem a desinformação, quando recebem mensagens, claramente falsas, e remetem, em massa, para outras pessoas. Aquelas mais instruídas buscam saber sobre ser verdadeira ou mentirosa a notícia, mas a maioria acredita e ainda chacoalha com indefinições de muitos. A letargia desses apoiadores assume a condição de ridículo, quando fazem passeatas contra resultado de eleição, nos Estados Unidos, sem que seu candidato apresente qualquer motivação ou comprovação da alegada fraude.
Para acabar ou ao menos diminuir a intrepidez dos distribuidores de notícias falsas, a expectativa está na implantação da Lei Geral de Proteção de Dados, LGPD, que reduzirá a disseminação das fake news, porque mais controlado o acesso a dados que possibilitam identificar grupos de pessoas ou eleitores.
Salvador, 17 de novembro de 2020.
Nenhum comentário:
Postar um comentário