Pois, bem, mal avançava a apuração no Brasil e o presidente Jair Bolsonaro repetia o gesto tresloucado do presidente americano; arguia fraude, simplesmente porque houve atraso de duas ou três horas na publicação dos boletins da apuração de São Paulo, sem repercussão nenhuma na apuração, que se processava normalmente. Evidente, que o desassossego do presidente repercutiu junto aos seus seguidores que também passaram a questionar a eleição e apuração pelas urnas eletrônicas. O gesto é de gente estouvada que procura copiar o despreparado presidente americano. O presidente brasileiro vai adiante e promete lutar pela volta da eleição em cédulas, sob o fundamento de que o voto na urna eletrônica é susceptível de fraude. É alegação absolutamente infundada de quem não encontra outro argumento para insuflar seus apoiadores, que não seja a derrota de 11 dos 13 candidatos que defendeu nesta eleição. O levantamento de dúvida sobre a segurança do voto eletrônico é de insensibilidade inominável e conduta de quem nada conhece nada sobre o funcionamento da votação e apuração digital. O presidente não pode alegar desconhecimento, pois quando estava na Câmara dos Deputados teve votação apurada pelo meio manual e também pela urna eletrônica. Portanto, não comporta interrogação de que essa luta é de gente que não sabe separar o joio do trigo, o bom do ruim.
O presidente do TSE, ministro Roberto Barroso já noticiou que grupos de estudos analisam a possibilidade de voto pelo celular. A nova sistemática de votar e apurar, aperfeiçoou com o passar dos anos, e já aportou na biometria que terá experimentação em todo o país na próxima eleição de 2022. Quando se trabalha para melhorar e facilitar a votação e a apuração, aparece quem questiona os novos modelos, sem apresentar a mínima argumentação para impedir o processo de aprimoramento.
Salvador, 16 de novembro de 2020.
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