O ministro Gilmar Mendes faz mistério com processo de suspeição do ex-juiz Sergio Moro, no caso do tríplex de Guarujá; diz que vai pautar para fevereiro/2021. Inconcebível, mas este processo teve início em dezembro/2018 e, depois de dois anos não foi concluído, porque Mendes pediu vista, depois dos votos dos ministros Edson Fachin e Cármen Lúcia, contra a alegada suspeição. Mendes segurou o processo até encontrar as condições ideais para conseguir a procedência da suspeição de Moro: o voto dele, de Lewandowski e o do ministro de Bolsonaro, Nunes Marques. Gilmar Mendes não pautou para antes, porque tinha dúvida sobre o voto do ministro Celso de Mello e arrumou a indicação de Marques, exatamente para fazer um "julgamento justo de Lula", como ele faz questão de frisar.
E qual o fundamento para a supeição: condução coercitiva de Lula, atuação contra liberdade para o ex-presidente, no caso do desembargador Favreto, divulgação de trechos de delação premiada de Antonio Palocci. Tudo sem o menor sentido para interferir e anular julgamento, mas Mendes preparou o terreno e tudo indica que conseguirá, por Lewandowski e Nunes Marques estão aí para ajudá-lo.
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