O PROBLEMA VAI PIORAR
No Brasil, Bolsonaro levanta suspeitas do processo eleitoral com antecedência de dois anos; e vejam, questiona o processo eleitoral no qual ele foi eleito. É, no mínimo, inexplicável tamanha incoerência. Mas, o correto é que as autoridades brasileiras adotem as cautelas necessárias para evitar a repetição das arruaças, ocorridas nos Estados Unidos. Os passos trilhados pelo presidente americano é sempre copiado pelo presidente brasileiro, ainda mais quando ele vai à imprensa para declarar que "vamos ter problema pior que os EUA". Trump, levianamente, distorceu os fatos e continua culpando sua derrota nas urnas à fraude que não se comprovou; ja o presidente brasileiro, antes mesmo de 2022, prega "problema pior que os EUA", evidentemente, se ele não for reeleito, como se espera. Terá muito tempo para preparar e criar maiores problemas do que se deu nos Estados Unidos. Aliás, um dos seus filhos, Eduardo, esteve com a família Trump, neste período de conturbação, e pode-se imaginar que a viagem prestou-se para saber como proceder em motim semelhante que já se prepara de agora para 2022.
Imaginem o que quer o "mito": voltar a eleição ao sistema anterior, ou seja, imprimir no papel a votação. O salto que o Brasil deu no sistema eleitoral foi muito grande e é admirado em todo o mundo, mas há ainda quem reclama voltar ao uso do papel. Esta declaração insistente de Bolsonaro não merece atenção nenhuma. Afinal, nosso presidente destaca-se pelo atraso, quando desprestigia a ciência em busca da cura da covid-19, quando desobedece aos governos com a aparição em público sem o uso da máscara, quando prega efeitos colaterais para a vacinação e quando faz propaganda de medicamentos como se fosse um garoto-propaganda. Afinal, a meta de Bolsonaro é dividir o "bolo" com a família e trabalhar, visando sua continuidade no Planalto. Não é à toa que vai às padarias, às praias, sempre em busca de aplausos e, deixando sua principal atividade, que é governar.
Guarajuba/Camaçari, 08 de janeiro de 2021.
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