O Procurador-geral decepcionou-se na primeira tentativa, quando Bolsonaro buscou um nome, que não era cogitado, para ocupar a vaga do ministro Celso de Mello. Esperava ser consagrado como ministro. O atual ocupante da cadeira que foi de Celso de Mello, Kassio Nunes, parece está cumprindo a promessa de atender ao chefe, ao menos nesses primeiros meses de ocupação da cadeira de ministro. A próxima escolha tem, além dos dois pretendentes enumerados acima, o ministro João Otávio de Noronha, do STJ, que também manifesta especial atenção nas pretensões de Bolsonaro. Assim, aconteceu com a prisão domiciliar de Fabrício Queiroz, apontado como chefe da organização criminosa, na qual está envolvido o filho do presidente, senador Flávio Bolsonaro. Interessante é que Noronha elasteceu o alcance do Habeas Corpus à esposa de Queiroz, Márcia Oliveira de Aguiar, sob fundamento de que ela se prestaria para cuidar do marido, apesar de foragida de prisão. Em outros momentos, o ministro teceu elogios a Bolsonaro, mas parece que sua tentativa de chegar ao STF torna-se mais difícil.
Outros candidatos aparecem para pleitear a vaga de Marco Aurélio, a exemplo do ministro Humberto Martins, atual presidente do STJ e membro da Igreja Adventista do Sétimo Dia. O juiz federal William Douglas Resinente, da 4ª Vara Federal de Niterói/RJ, é candidato de lideranças evangélicas, a exemplo do missionário R.R. Soares e do bispo Estevam Hernandes. É impressionante e estarrecedora a realidade presente na escolha dos ministros, pelo presidente, que exige como condição essencial o fato de ser evangélico! O destaque nas ciências jurídicas e outros elementos tornaram-se de importância menor, frente ao ingrediente principal: "terrivelmente evangélico".
Salvador, 26 de janeiro de 2021.
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