O rover Perseverance descerá no solo. |
Apesar das viagens à Lua, à Marte e outras experiências, o homem ainda não encontrou sinal concreto de vida extra terrestre. Depois de muitas visitas à Lua, 50 no total, nesses últimos 60 anos, o objetivo agora concentra-se no planeta vermelho, 54 milhões de quilômetros de distância mínima da Terra, neste mês, distância mínima que só se repetirá, em 2022. Quatro missões estarão no planeta neste mês de fevereiro: Estados Unidos, Europa, China e os Emirados Árabes, que foram o primeiro a alcançar a órbita de Marte, com a sonda Al-Amal/Hope, primeira e mais difícil parte de toda a viagem. As missões levam veículos para trafegar no planeta em busca de indícios de vida, a exemplo do que se vê, o Perseverance dos americanos.
Muitas missões, calcula-se uma a cada duas, fracassaram, porque a entrada em órbita é complicada, face à dificuldade para frear a nave com velocidade de 121 mil quilômetros por hora para apenas 18 mil km/h, em 27 minutos. Neste momento, a sonda ficará a 1.441 km de distância do solo de Marte. Outro elemento que não ajuda é a temperatura, chega a registrar 100 graus abaixo de 0. A China assume grande liderança, porque foi o país que mais lançou foguetes em direção a Marte, em 2019, e também pousou na Lua com missões especiais. Todavia, esta é a primeira vez que a missão chinesa, denominada de Tianwen-1, vai a Marte, onde permanecerá até maio/2021, com programação para descer com um veículo na superfície do planeta para estudar os solos e buscar sinais de água ou vida. Se isso ocorrer, acompanhará os Estados Unidos, único país a registrar este grande feito. Os Estados Unidos com a "Perseverance" repetirá a viagem de 2012; tanto uma quanto outra missão têm o objetivo de buscar sinais de vida microscópica ancestral. A missão "Mars 2020" dos Estados Unidos que estará em Marte no dia 18/02 foi lançada em julho/2020 e o rover Perseverance terá um robô com braços para colher amostras no solo. Estados Unidos e Europa têm meta conjunta para trazer amostras de Marte na próxima década. A outra programação situa-se na viagem de um astronauta a Marte, até o ano de 2026, planeta que tem mais de 3,5 bilhões de anos.
No presente, operam na órbita de Marte sete naves espaciais, sendo três dos Estados Unidos, duas da Europa, uma da Índia e outra dos Emirados que não pretende pousar em solo marciano, mas manterá na órbita, estudando a atmosfera e a meteorologia do planeta. Todavia, eles pretendem construir uma colônia humana em Marte nos próximos 100 anos; aliás, neste sentido já houve contratação de engenheiros, arquitetos, designers e cientistas para imaginarem essa meta. A partir da descida e até abril, a sonda chinesa iniciará a sua órbita elíptica de 20 mil a 43 mil quilômetros, completando uma volta ao planeta a cada 55 horas. A missão deverá ficar completa no final de um ano marciano - 687 dias na Terra.
Salvador, 15 de fevereiro de 2021.
Antonio Pessoa Cardoso
Pessoa Cardoso Advogados.
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