Pesquisar este blog

quarta-feira, 17 de março de 2021

A GUERRA, CORRUPÇÃO E FOME NA NIGÉRIA

Depois da Síria e Afeganistão, segue Iraque e Nigéria como países, onde a guerra tem causado transtornos de toda natureza para a população. Tratamos do Iraque em matéria publicada em março/2018. Trataremos sobre a guerra na Nigéria, cuja capital é Abuja, e localiza-se na África Ocidental, fazendo fronteiras com Benim, Chade, Camarões e Níger. O país possui 199.315.249 habitantes, tornando-o o mais populoso do continente, em área de 923.768 quilômetros quadrados. A guerra civil na Nigéria perdurou por três anos, 1967/1970. Prendeu-se à tentativa de separação de algumas províncias para constituir a República do Biafra; a Nigéria tem sido palco de sucessivos golpes, considerando principalmente a riqueza com a exploração do petróleo, apesar da significativa pobreza do povo. Em 1975, houve um golpe e o chefe que assumiu o poder foi morto; em 1983, novo golpe militar e outros se sucederam. 

Durante a guerra, registrou-se mais de 100 mil mortos entre as forças militares e 500 mil a 2 milhões de civis da região de Biafra, vítimas também por falta de comida. As superpotências não deixaram de aparecer para semear o conflito: Estados Unidos, Reino Unido e União Soviética com o governo, enquanto França, Israel e China com a República de Biafra; o presidente da região que queria a separação, Biafra, fugiu, a resistência armada desfez-se, mas a miséria e fome permanecem, elevadas face à grande corrupção no meio político.  

A Nigéria é formada por mais de 250 grupos étnicos, diversas religiões, cenário que provoca motivações para conflitos. Junto a isso, o país possui rede de crime organizado, com prática do tráfico de drogas, além da corrupção no sistema político; entre os anos de 1960 e 1999, calcula-se em mais de 400 bilhões de dólares o roubo do tesouro nacional por líderes nigerianos. Registra-se execuções extrajudiciais, corrupção judicial, tráfico de seres humanos para prostituição e trabalho forçado, além de muitos outros crimes. No país existe em torno de 700 mil escravos. O Código penal islâmico da Charia penaliza o consumo de álcool, a homossexualidade, a infidelidade e o roubo, delitos que podem ser punidos com amputação, apedrejamento e prisão longa.  



Nenhum comentário:

Postar um comentário