Em abril/2020, em plena pandemia, o ex-presidente Donald Trump anunciava o desligamento dos Estados Unidos da OMS, suspendendo o pagamento das contribuições à entidade da saúde, em plena época do decreto da pandemia mundial de Covid-19. O país tornou-se líder em número de óbitos até chegar aos atuais, mais de 500 mil vítimas. Trump declarava que o vírus iria desaparecer em abril/2021 e assegurou que "o risco é muito baixo para a maioria dos americanos". O ex-presidente americano passou a reclamar a volta ao trabalho, desvalorizou o uso da máscara, que ele mesmo não usava, indicou medicamentos para cura do covid-19, sem nenhuma aprovação médica, descuidou na aquisição de vacinas.
O Brasil copiava as manifestações e providências do governo americano e passou a descobrir culpados pela disseminação da doença, a exemplo do STF, porque decidiu para assegurar a competência concorrente para trabalhar pelo combate à pandemia ao presidente da República, governadores e prefeitos. O presidente brasileiro tratava a doença como uma "gripezinha", ironizou e não usava máscara, além de reclamar o retorno ao trabalho; deixou de comprar vacinas, no ano passado, sob fundamento de que as farmacêuticas é que deveriam procurar o governo brasileiro e não o inverso. Como o presidente americano, culpava também a imprensa por ter "disseminado o pânico", mas não cuidou de coordenar o ataque à pandemia, pelo contrário, passou a fazer propaganda de medicamentos que não são aprovados pelos órgãos médicos do Brasil e do mundo. No Brasil, as mortes pelo vírus já ultrapassam 300 mil vítimas e os números de mortes diárias situam-se no dobro do que ocorre nos Estados Unidos atualmente.
Segundo o site "Our World in Data", vinculado à Universidade de Oxford, o índice de mortes diárias, considerando os últimos sete dias, no mundo, indicam que o Brasil, no dia 22, registrou 2.305 mais que o dobro dos Estados Unidos, 978.
Salvador, 26 de março de 2021.
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