Depois que os ministros anularam fases de processos criminais, simplesmente porque as alegações do delator foram apresentadas antes do deletado, tudo é possível no STF, nos processos que envolvem a Operação Lava Jato. Não há julgamento algum que manda assim proceder, não há lei nenhuma que determina essa prioridade, mesmo porque o instituo da delação é novo. Todavia, os ministros não indicaram o procedimento a ser adotado em situações futuras, mas anulou as alegações já nos autos. É que o objetivo de alguns ministros é fazer "julgamento justo de Lula", como apregoa o ministro Gilmar Mendes. Só que este "julgamento justo" é sinônimo absolvição de todas as rapinagens praticadas durante seu governo.
As últimas mensagens que causam frenesi nas hostes lulistas e entre todos aqueles que trabalham para destruir os trabalhos da Lava Jato é de que o procurador Deltan Dallagnol teria dito: "Se perdermos o HC do Palocci temos que pedir o impeachment do Gilmar" ou a de "investida contra escritórios de advocacia autorizada em setembro do ano passado pelo juiz Marcelo Breta". Juízes, procuradores, defensores, advogados e juristas qual a significação dessas mensagens para implicar na apreciação de eventual nulidade, na liberdade do então ministro ou do ex-presidente? Nas conversas, colhem-se verdades de que o ministro Gilmar não se deu por suspeito, pelo contrário liberou presos, em vários processos além de falas, imputando crimes aos procuradores, incoerência de votos ou outros fatos absolutamente verdadeiros. Mas o que tem a ver tudo isso com as condenações comprovadas por documentos, testemunhas e perícias?
Salvador, 04 de março de 2021.
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