Os movimentos acontecem desde 1º de fevereiro, quando a junta militar anulou a eleição de novembro, na qual o partido pró-militares sofreu significativa derrota, e ocupou o poder. Calcula-se que já morreram mais de 300 pessoas, além de mais de 3 mil feridos. O jornalista Aye Min Thant, que recebeu o Prêmio Pulitzer, em 2019, e fugiu de Rangoon para Bancoc, na Tailândia, diz que as Forças Armadas não conseguirão controlar o país, apesar do bloqueio da internet e da censura aos meios de comunicação. Os funcionários públicos participam de desobediência civil e contam com trabalhadores sindicalizados, ferroviários, portuários e mulheres da indústria de vestuários, participando dos protestos nas ruas.
sábado, 27 de março de 2021
GOVERNO MANDOU ATIRAR NA CABEÇA E NAS COSTAS EM MIANMAR
As manifestações de milhares de pessoas, realizadas neste sábado, 27/03, em Mianmar, durante desfile para comemorar o Dia das Forças Armadas, causaram as mortes de 64 manifestantes, dentre os quais três menores de idade. O governo, através de militares, usaram rádios e televisão para ameaçar o povo, antes do evento, assegurando que iriam atirar "na cabeça e nas costas" dos que comparecessem aos protestos. O maior número de vítimas aconteceu na capital Naipidau e na maior cidade do país, Rangoon. A data foi chamada de "dia contra a ditadura militar". Os golpistas chefiados por Min Aung Hlaing, contou na parada militar, com o apoio de representantes da Rússia, China, Índia, Paquistão, Bangladesh, Vietnã e Tailândia. Muitos outros países boicotaram o evento, principalmente da União Europeia, inclusive os Estados Unidos.
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