A gênese do presidente Jair Bolsonaro foi bem diferente. Iniciou no Exército e destacou-se pelas presepadas com muitos atos indisciplinados até sair da corporação. Como capitão feriu em vários momentos o regulamento disciplinar, chegando a ser indiciado como réu na Justiça militar. Indispôs-se com a cúpula do Exército por questões salariais e terminou sendo processado, apesar de absolvido na Justiça. Em 1986, o jornal Tribuna da Imprensa noticiou sua prisão e, em 1987, afastou do Exército para candidatar a vereador pelo Rio de Janeiro com apoio de muitos militares; em seguida, foi reformado ex-officio como capitão da reserva face à posse como vereador, em 1988. Entre 19991 e 2018 foi deputado federal por diferentes partidos. Fazia manifestações consideradas controversas e classificadas como "discurso de ódio", posicionando-se sempre na extrema-direita, defendendo a tortura e aplaudindo a ditadura militar brasileira. Foi para reserva, como capitão reformado, em 2015. Bolsonaro enfrenta muitas irregularidades no seu governo, praticadas por ele próprio e por seus filhos, consistentes nas denominadas rachadinhas. O atual presidente destaca-se pelo completo descuido com pastas importantes, como a Saúde e Educação. É considerado o responsável pela morte de mais de 300 mil mortes, porque ironiza o vírus, manifesta-se contra o uso de máscara e promove a aglutinação de pessoas, além de ser contra o fechamento do comércio.
Lula e Bolsonaro têm muitos pontos em comuns; abraçaram a informalidade em todos os ambientes e tanto um quanto outro escolheu nomes de projeção para gerir a economia e a Justiça, mas nas relações internacionais cometeram erros grosseiros na opção por gente incompetente. Enquanto Lula tinha Antônio Palocci, na Fazenda e Henrique Meirelles no Banco Central, Bolsonaro preferiu entregar toda a economia a Paulo Guedes. Lula escolheu para a Justiça o criminalista mais importante do país, Márcio Thomaz Bastos, enquanto Bolsonaro nomeou um superministro, que deixou a magistratura para ocupar a pasta. Ernesto Araújo que acaba de deixar o governo de Bolsonaro lutava pelo fim da "ideologia marxista", na diplomacia, enquanto Lula escolheu Celso Amorim, exatamente o inverso, prestigiando a aproximação com Cuba, Venezuela.
Tanto um como outro apresentam-se como líderes populares, abraçando as pessoas, tomando café ou bebida em bares, promovendo churrascos. Bolsonaro exibiu fotos da mesa do café da manhã com pão e leite condensado.
Salvador, 31 de março de 2021.
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