Na década de 70 o país desestabilizou-se diante da briga interna entre seus próprios líderes: um deles, Taraki foi aconselhado pelos soviéticos a demitir Amin, que soube do plano, prendeu e mandou matar Taraki, tornando chefe de Estado. Na década de 80, metade do exército do Afeganistão desertou ou juntou-se aos rebeldes e a Rússia ocupou o país; os militares, mais de 100 mil, lutaram com o governo comunista afegão. A capital, Cabul, foi bombardeada, mas a resistência intensificou-se, contando com o apoio dos Estados Unidos, do Paquistão, da China, Irã e outros países, mobilizando os muçulmanos, tendo a participação dos combatentes jihadistas de vários países, os mujahidins, onde estava Osama bin Laden que criou o grupo terrorista al-Qaeda. Em 1988, as tropas soviéticas bateram em retirada, mas a guerra continuou. Nesse conflito, em torno de 1 milhão de afegãos perderam a vida, mais de 5 milhões refugiaram no Paquistão ou no Irã e 2 milhões desalojados no país. Além de tudo isto, 1,2 milhão de civis ficaram incapacitados por mutilações e outros 3 milhões foram feridos. Houve cidades, como Kandahar, que reduziu sua população de 200 mil habitantes para 25 mil.
O crescimento do terrorismo no país deveu-se a este conturbado cenário. A situação tornou-se mais dramática, quando se sabe que o Afeganistão já era um dos mais pobres país do mundo e a guerra que perdurou por mais de uma década piorou ainda o cenário.
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