Não bastam os desmandos do presidente na resistência em coordenar o combate à pandemia; soma-se a isto a recusa em comprar a vacina coronavac, desde o ano passado, sob argumento de que era de fabricação chinesa, portanto, no seu raciocínio, sem credibilidade; sentindo sem eira nem beira, terminou embarcando em pedido da coronavac pelo governo de São Paulo e adquiriu a coronavac, mais usada no Brasil. O presidente continua não valorizando as regras sanitárias, por exemplo, deixando de usar a máscara em aglomerações que ele mesmo promove; pelo contrário, há incentivo da maior autoridade do país para violação às normas sanitárias de evitar aglomeração, de insurgência contra a permanência em casa, chamando de maricas os brasileiros que se submetem às determinações das autoridades. Sabe-se que o lockdown é arma capaz de combater o vírus, comprovada pelo êxito obtido, na Nova Zelândia, onde os neozelandeses já gozam de vida normal, exatamente, porque cuidaram de seguir duras regras, determinadas pelo governo local, desde o início da pandemia. Na Itália e em muitos outros países, inclusive nos Estados Unidos, a suspensão das atividades e a permanência em casa têm sido motivo para diminuir o impacto da pandemia.
Desde que foi concedida liminar para abertura da CPI, pelo ministro Barroso, o presidente não para de atacar os ministros e pediu a um senador para pressionar o STF com pedido de impechment contra ministros da Corte, acreditando que esta providência será capaz de enfraquecer a CPI. Perdeu o senso da racionalidade e danou-se a fazer declarações e movimentar-se, condutas naturais de quem tem medo das apurações. Acerca das injunções do presidente contra a CPI e investida contra os ministros, Marco Aurélio, do STF, declarou: "Em tempos estranhos nada surpreende, deixa a todos perplexos". O pior é que alguns ministros articulam para encontrar meio termo e agradar ao presidente, sabendo-se de sua responsabilidade com o descaso dos efeitos da pandemia. O plenário decidirá sobre a liminar de Barroso amanhã, mas é certo que será mantida, mesmo porque há precedentes sobre o assunto, como já divulgamos aqui.
Salvador, 12 de abril de 2021.
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