Ministro Herman Benjamin |
Foi o primeiro julgamento, em toda a história, de uma chapa presidencial e o ministro relator e corregedor do TSE, Herman Benjamin, profissional sério e competente, mostrou o abuso do poder econômico na eleição, com riqueza de detalhes e provas substanciais, mas de nada serviram, porque o esquema estava montado para não aceitar a cassação, comandada pelo então presidente do TSE, ministro Gilmar Mendes, que desempatou o escore: Benjamin, Luiz Fux e Rosa Weber votaram pela cassação, enquanto Admar Gonzaga, Tarcísio Vieira, Napoleão Nunes e Gilmar Mendes pela absolvição. Ficou comprovado o recebimento de propinas de empresas contratadas pela Petrobras, pelos marqueteiros João Santana e Mônica Moura. Toda a presepada residiu na exclusão de depoimentos de delatores da Odebrecht e dos marqueteiros da campanha, João Santana e Mônica Moura, porque sabiam que era um complicador, apto à fundamentar a cassação; tratou-se de um julgamento político, como definido por vários juristas.
Inqualificável, sem o menor respeito à ética foi a participação dos ministros Admar Gonzaga e Tarcísio Vieira, apesar do requerimento de suspeição levantado pelo procurador Nicolao Dino contra o ministro Admar Gonzaga, sob fundamento de que ele foi ex-advogado da ex-presidente Dilma Rouseeff, além da nomeação dos dois pouco antes do julgamento pelo então vice-presidente, no exercício da presidência, Michel Temer; esses dois ministros não reconheceram seus impedimentos no julgamento e o presidente da Corte eleitoral, ministro Gilmar Mendes, participou de todo o entrevero e, em caso muito menos grave, teve a audácia de questionar suspeição de Sergio Moro. O andamento do processo levou dois anos, mesmo porque o relator teve todo o cuidado para apurar a verdade de todas as ocorrências.
Com este julgamento, o TSE enriquece o FEBEAJU!
Salvador, 22 de junho de 2021.
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