BOLSONARO, A RELIGIÃO E A POLÍTICA
Bolsonaro aparece nas inaugurações de pequenas obras em várias partes do país, lidera aglomerações em carreatas, retira máscara de menor, em "comício", porque ele não usa, frequenta igrejas com credos diferentes, faz propaganda de remédios, sem efeito algum para cura da covid-19, mesmo sem ser médico, faz propaganda de canal de televisão, agride o Congresso, a CPI, o STF e quem mais aparece para lhe contrariar; agora é apanhado no cometimento do crime de prevaricação. Será que este é o presidente que devemos ter? Com efeito, não é à toa que exibe, em vídeos, chupando manga no quintal de uma casa, tomando café em uma mesa, sem toalha, e com poucas opções de comida, bebendo café em cafeterias, tentando passar a imagem de homem acessível, igual a qualquer do povo. A administração do país foi substituída por campanha política e Bolsonaro está sendo processado exatamente porque antecipou abertamente a busca de votos, em desconformidade com a lei eleitoral. A TV Brasil, que Bolsonaro prometeu fechar, logo que ocupou o Planalto, está-lhe servindo para saciar sua aventura política. No primeiro dia de julho, Bolsonaro, acompanhado de muitos políticos, foi visto na tela da TV Brasil, comungando em uma missa. Por que Bolsonaro apareceu nesta missa, celebrada pela maior autoridade da religião, arcebispo, dom Paulo Cezar Costa, e foi mostrado ao Brasil através da TV Brasil?
A fé católica não é adotada nem cultuada por Bolsonaro, porque não aceita nem pratica seus sacramentos; vai comungar sem nunca ter confessado; seu culto, evangélico, não insere este sacramento nos seus princípios; a hóstia recebida por Bolsonaro foi usada como se estivesse em campanha política junto aos católicos; afinal, o presidente não foi batizado nem se casou na Igreja Católica e não comparece às missas aos domingos. Ademais, pelos preceitos da religião católica, o cidadão separado e que vive com a terceira mulher não pode receber a comunhão.
Salvador, 03 de julho de 2021.
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