sábado, 31 de julho de 2021

FESTIVAL DE BESTEIRAS QUE ASSOLAM O JUDICIÁRIO, FEBEAJU (LXXVI)

                                                                                                                       FUNDÃO

Os depufedes esperam a decisão do presidente Jair Bolsonaro para definir sobre o veto ou aprovação do Fundo Eleitoral que saiu de R$ 2 bilhões para R$ 5,7 bilhões, dinheiro destinado para os depufedes "torrar" nas eleições de 2022. Há uma confusão inexplicável no Fundão, pois o filho do presidente não só votou como arregimentou votos para aprovação da verba e agora Bolsonaro promete vetar, apesar de, ultimamente, pensar em fazer um acordo com os depufedes e diminuir a gorda verba para R$ 4 bilhões, ou seja duas vezes mais do que era; alguns deputados defendem a simples extinção do Fundão, pois não justifica gastos públicos com partidos políticos e campanhas eleitorais. E mais: além deste Fundão há outra verba para os políticos que é o Fundo Partidário.

REFORMA ELEITORAL

Na Reforma Eleitoral que se processa no Congresso tramita uma proposta, que não faz parte do besteirol. Trata-se de mudar as regras da eleição para o Senado. Atualmente, o senador escolhe seu suplente que, sem receber um só voto, pode tornar-se senador, bastando ocorrer afastamento do titular. E o suplente, normalmente, é retirado da casa do ilustre senador, seja sua esposa, seu filho ou alguém bem próximo. Foi o que aconteceu com a saída do senador Ciro Nogueira e a entrada de sua mãe Eliane Nogueira, assumindo o cargo de senadora que era do filho, deslocado para a Casa. Civil do governo. A mudança que se propõe é de que o suplente será o segundo candidato mais votado para o Senado.   

STF SEPULTOU A LAVA JATO 

No início da Operação Lava Jato, os ministros adoravam o movimento contra a corrupção, mas Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski ficavam na tocaia, mas pouco influenciavam nos rumos da Corte. A mudança deu-se depois que as investigações da Operação aproximaram do Judiciário, principalmente de ministros do STF. As apurações encostaram no ministro Dias Toffoli, em Gilmar Mendes, motivo pelo qual reclamavam providências para evitar aprofundamento maior e desmoralização, que nunca, anteriormente, ocorreu. O melhor caminho que encontraram foi o de afundar o ex-juiz Sergio Moro e seus seguidores. Assim se fez e a Lava Jato já não tem força para punir os criminosos com processos nos gabinetes dos ministros que não se movimentam.

A CORDA ESTREITA PARA BOLSONARO

O Corregedor-geral da Justiça Eleitoral, ministro Luís Felipe Salomão, abriu, em junho, um Procedimento Administrativo, e fixou o prazo para até segunda feira, 2/8, para o presidente Jair Bolsonaro comprovar as fraudes eleitorais que alimenta e encanta aos seus apoiadores, desde que Trump, seu guru, foi derrotado nos Estados Unidos com a mesma conversa de fraude sem provas. Com a resposta de Bolsonaro, o Corregedor poderá enviar a documentação para a Procuradoria-geral da República ou compartilhar com o ministro Alexandre de Moraes no inquérito das fake news. 

Enfim, há de ter um basta com as besteiras, que já incomodam, de Bolsonaro, acusando o Judiciário de crime, sem nada comprovar, promovendo gáudio para a boiada que lhe segue!

Salvador, 30 de julho de 2021.

Antonio Pessoa Cardoso
Pessoa Cardoso Advogados.

 


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