IX Fórum do IBEDP |
O jornal Folha de São Paulo assegura que, pelo menos 25 autoridades, servidores e cônjuges deslocaram-se a Portugal para prestigiar o ministro, com o dinheiro público, importando em gastos que ultrapassam a R$ 500 mil. Os parlamentares permaneceram em Portugal entre os dias 9 e 17 de novembro. O ministro Dias Toffoli, cinco ministros do STJ e os ministros Vital do Rêgo e Bruno Dantas, do TCU, integraram o grupo no movimento político de Mendes; também a Sub-procuradora-geral da República, Lindôra Maria Araújo, esteve no evento entre os dias 13 e 19 de novembro, com ônus para a Procuradoria. Dentre os temas de palestras e painéis: "Os desafios regulatórios no Brasil: avanços e perspectivas", "A atuação Internacional na efetivação de direitos fundamentais"; "Os desafios regulatórios no Brasil: avanços e perspectivas"; o presidente do Senado, encarregado de abrir o Fórum, tratou de assunto político, inclusive sobre sua candidatura à presidência; falou sobre a pandemia no Brasil e o desmatamento da Amazônia.
O organizador do evento, ministro Gilmar Mendes, em palestra, questionou o presidente Jair Bolsonaro, criticando o uso da cloroquina e outros medicamentos para combater a covid-19; censurou pessoas que se recusam a vacinar. Os convidados do ministro não pouparam críticas à Operação Lava Jato, que Gilmar ajudou a destruir. O interessante e inconcebível é que três empresas, que patrocinam a festa política de Gilmar, tem processos no Supremo, uma das quais o ministro era relator e deu-se por impedido agora; trata-se da Federação do Comércio do Estado que ingressou como amicus curiae; há outros processos que tramitam no STF, com relatoria de Gilmar.
O FEBEAJU lança a comparação: se evento dessa magnitude fosse patrocinado por um desembargador ou ministro de outra Corte, como reagiria a imprensa, a população, a Justiça e a comunidade?!
Salvador, 23 de novembro de 2021.
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