FESTIVAL DE BESTEIRAS QUE ASSOLAM O JUDICIÁRIO, FEBEAJU (CCXL)

É vergonhoso e irritante os pronunciamentos sobre a Petrobras, do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva; o maior corrupto da história brasileira tem o desplante de acusar outros políticos da derrocada da estatal, quando todos sabem que ele e a ex-presidente Dilma Roussef são os responsáveis diretos pelos roubos praticados na empresa, levando-a quase à falência. Essas afirmações constam em depoimentos testemunhais, documentais e ainda em indenização de empresários que pagaram propinas para apossar de contratos imorais, através da companhia. Tudo isso e muito mais foi descoberto pela Operação Lava Jato que conseguiu recuperar parte da pilhagem de Lula. Além da corrupção desenfreada na Petrobras, Lula e Dilma serviram da empresa para dobrar o número de funcionários, inchando o total para 400 mil, quantitativo desencontra entre as concorrentes.   

Em dezembro, o ex-juiz Sergio Moro classificou Lula de mentiroso, porque havia dito que a Lava Jato quase quebra a empresa. A desfaçatez de Lula é tamanha que assegurou: "O objetivo (de Moro e Deltan), além de me tirar das eleições de 2018 como aconteceu, era também o de desmontar toda a estrutura da Petrobras, que era a empresa que mais fazia investimentos do Brasil. Moro afirmou que, ao invés, a Operação contra os corruptos foi que salvou a companhia da falência. Lula manipula números para substanciar suas mentiras". Moro declarou: "Diretores que foram nomeados pelo ex-presidente Lula, estavam lá roubando dia após dia a empresa, arrecadando dinheiro para eles e para políticos que enriquecerem ilicitamente, também para financiar políticos. Como ex-presidente, não tem como explicar todos esses crimes, mensalão e petrolão, ele fica ali inventando histórias". 

Os prejuízos da Petrobras com a corrupção e a má gestão alcançaram cifras assustadoras: R$ 55 bilhões. Foi Lula quem anunciou a construção de três refinarias no país, que não tinha nenhuma; o resultado foi outro escândalo, em 2005, com a tentativa de construir uma e não três refinarias: a Abreu e Lima, em Pernambuco, com investimento de US$ 3 bilhões; pouco tempo depois já se anunciava novo orçamento para as obras em US$ 20 bilhões. Inicialmente, houve a conversa de parceria com a Venezuela na construção da refinaria, mas o então presidente Hugo Chávez não contribuiu com valor algum para o empreendimento; nesse cenário, apesar dos 40% da Venezuela, o Brasil teve de continuar sozinho na monumental investida. Na verdade, se construísse a Abreu Lima e ela funcionasse como projetado, conquistaríamos nossa independência no refino de petróleo, mas a tentativa prestou-se somente para a continuidade de roubos dos petistas. 

A refinaria foi inaugurada em 2014, no governo de Dilma, com o funcionamento somente de uma das duas unidades, mas o custo do refino de petróleo era de 87 mil dólares o barril, correspondente a mais de três vezes a média de custo mundial. Em 2019, a refinaria tornou-se alvo da Lava Jato e juntamente com a inviabilidade do projeto, a Abreu e Lima foi colocada à venda mas não apareceram interessados. Em 2016, o Tribunal de Contas da União constatou superfaturamento de R$ 2,1 bilhões nas obras da refinaria. 

Depois de todos esses escândalos, que, como a Lava Jato, apura, condena, prende, mas depois aparecem julgadores para desfazer tudo o que foi feito. Pois, considerando tudo isso, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, depois que deixou a prisão, vem com discurso de que, se eleito, mudaria a atual politica de preços da Petrobras. É intragável tamanha aleivosia! 

Salvador, 16 de dezembro de 2021.

Antonio Pessoa Cardoso

Pessoa Cardoso Advogados.