sábado, 1 de janeiro de 2022

COLUNA DA SEMANA

Vivemos tempos difíceis! As instituições do país estão ocupadas por cidadãos inaptos ou fanáticos, parece até que, com o objetivo de desmoralizá-las e desacreditá-las no Brasil e perante o mundo civilizado. Não se compreende como pode haver tamanho despreparo e tão grande maldade, no preenchimento de cargos de tão alta significação, que termina por desviar o objetivo de bem servir e envereda pela especialização no cometimento de tantos tropeços. Há evidente mistura enfadonha e condenável de incompetentes e jacobinos que servem ao desiderato de esborralhar a Nação.

Os três poderes da República, Executivo, Legislativo e Judiciário têm, na sua composição, em boa parte, gente inidônea, que se presta mais para atrapalhar do que para remediar; enquanto de um lado há um grupo de corruptos, do outro se legisla para facilitar a ação desses pervertidos e um terceiro segmento de gente que desmantela o que foi produzido, contribuindo para inviabilizar o desmonte da corrupção. O certo é que os detentores no comando dos três poderes se engabelam para descobrir quem faz o pior para agradar a ninguém, mas, pelo contrário, para enfezar a todos.

O Judiciário, encarregado de decidir os conflitos de toda ordem, preocupa-se mais na descoberta de atos formais da papelada do que com o zelo no duro combate ao ilícito. Ademais, há interferência indevida nos outros poderes, seja com a transformação de onze STFs, cenário plantado pelas decisões monocráticas, ou seja ainda pelo fazimento e desfazimento de sua própria atividade. Os ministros preocupam-se mais em desfazer o que foi feito pelos tribunais inferiores ou mesmo pelos seus colegas na alta Corte do que mesmo em construir; trabalham mais para desmantelar o que foi executado do que para edificar o que precisa ser montado. As decisões monocráticas perduram, porque não são submetidas ao colegiado, e, assim, cada um dos onze decide em absoluta rebeldia contra o entendimento dos onze.

O Legislativo está ocupado por fazedores de leis que se preocupam mais em locupletar-se do que promover o bem do povo. A direção das Casas legislativas são preenchidas por quem mais tem competência para desviar recursos do que por aqueles que mais pensam em beneficiar a população. Afinal, o salário dessa gente reclama sempre mais patrimônios, porquanto suas "famílias" gritam por uma vida mais cheia de entretenimentos e a equação situa-se em satisfazer ao eleitor ou premiar aos "familiares"; a opção não poderia ser outra que não seja a permanência com os últimos. Dessa forma, nossas leis são estudadas mais para abastecer os bolsos dos fazedores de leis do que para manter o bom funcionamento da saúde, da educação e da segurança do brasileiro.

O Executivo é uma lástima! Um cidadão despreparado, considerando louco por muitos, quase trinta anos no Legislativo, sem nenhum visibilidade, especializou-se em armar conflitos diários com os titulares dos outros poderes através da comunicação pelas redes sociais. Aliás, pelo WhatsApp, com apoio dos filhos, conseguiu enganar o brasileiro e foi escolhido para comandar o país. Diverte o Brasil e o mundo com suas asnices diárias, ao ponto de ter sido escolhido pelos leitores de um jornal americano, New York Times, como personalidade do ano de 2021, evidentemente, pelas besteiras, aplaudidas pela boa turma de aloprados que lhe segue, assaltando a consciência dos leitores do jornal. Coloca na Educação, quem não tem educação, na Saúde, quem nada sabe sobre saúde, no meio ambiente quem mais destrói o meio ambiente e no exterior quem tem mais condições de brigar com os chefes dos governos de outros países.

Enfim, como dizia um deputado na Assembleia Legislativa da antiga Guanabara: "o mau do Brasil é ter sido descoberto por estrangeiros".

Salvador, 1º dia do ano de 2022.

Antonio Pessoa Cardoso
Pessoa Cardoso Advogados.




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