O ministro Gilmar Mendes é admirado pelos advogados do Prerrogativa dada sua persistência na busca de colocar no pedestal dos homens honestos o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, através de manipulação de processo, como foi o caso da suspeição. Como julgar uma suspeição se anteriormente havia decisão, considerando incompetente o juiz questionado como suspeito? Claro que se é incompetente não pode ser suspeito, principalmente porque foi declarada a incompetência antes da suspeição. Pois o ministro Gilmar Mendes conseguiu embaralhar o novelo, ferindo os mais básicos princípios de direito. A insistência do ministro terminou por anular decisões e sentenças de condenação de corruptos na Lava Jato. Registre-se que todas essas invalidações sustentaram-se na periferia dos processos, ou seja, em eventuais digressões processuais. Portanto, Lula e os outros corruptos não foram inocentados dos crimes cometidos. Mas, como dizíamos, o ministro declarou à imprensa que aguarda o momento certo para arremeter contra Moro. É constrangedor saber-se que um ministro da mais alta Corte do país serve-se do cargo que ocupa para perseguir juízes; assim aconteceu com Sergio Moro, no exercício do cargo e agora, como candidato à presidência da República, e está acontecendo com Marcelo Bretas, da Justiça Federal do Rio de Janeiro. Mendes importuna não só juízes, mas procuradores que não seguem sua cartilha. A persistência de Mendes e sua estratégia, incabível para um magistrado, terminou desembocando nas anulações de muitos processos, por falhas processuais; Mendes afirmou à imprensa que entrará com pedras no meio do caminho de Moro à presidência da República.
Mas o pior é que o ministro não está só, porquanto um outro ministro do Tribunal de Contas da União enfronha-se em acusações infundadas sem o menor sentido, no campo jurídico, contra Moro. É o caso do ministro Bruno Dantas, colocado no Tribunal por interferência direta do ex-presidente do Senado, senador Renan Calheiros, que já está trabalhando pela eleição de Lula. Dantas parece buscar a mídia não se sabe com qual objetivo, porquanto tem-se enfronhado em casos que elementarmente são arquivados, ou recebe a censura de seus colegas na Corte, dada a abertura de processos com cunho absolutamente político. Agora, Dantas inventou de cobrar de Moro informações completas sobre seus vencimentos em empresa privada e daí descambou para a conversa sobre possível abertura de CPI para investigar os ganhos de Moro. Era tudo o que o PT queria, apesar dos inconvenientes, como afirmam alguns petistas. Vejam que não aparece outros ministros do Tribunal de Contas na mídia, lugar ocupado por Dantas, em plena campanha política para deixar o Tribunal de Contas e desembarcar no STF, se Lula for eleito.
Enfim, é baboseira de todo gosto e de todo tamanho no Judiciário, alavancando a importância do FEBEAJU!
Salvador, 26 de janeiro de 2022.
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