Crusoé: "O novo alvo"
Para destruir a Lava Jato do Rio de Janeiro, a turma da impunidade recorre a um delator com uma prova fajuta
Capa; Rodrigo Freitas/Crusoé - Fotos: Adriano Machado/Crusoé e Ricardo Borges/ Folhapress
Depois de destruir a Lava Jato de Curitiba, a turma da impunidade prepara-se para destruir também a do Rio de Janeiro.
A Crusoé teve acesso à única prova – furadíssima – de um delator contra Marcelo Bretas, mas provas, como se sabe, nunca foram um empecilho à turma da impunidade, formada por tucanos, lulistas e bolsonaristas (e mais um monte de personagens suspeitos).
Leia um trecho da reportagem:
“Para Gilmar Mendes há delações e delações, a depender de conveniências. Agora, sem poder contar com o arsenal de mensagens hackeadas usado para desacreditar o ex-juiz Sergio Moro e implodir a força-tarefa do Paraná, Gilmar vale-se do instrumento condenado por ele como munição principal contra o alvo da vez, o juiz Marcelo Bretas (…).
No centro da trama está o jovem criminalista Nythalmar Dias Ferreira Filho, de 32 anos, investigado pelo Ministério Público Federal por ‘vender’ uma suposta proximidade com Bretas e com a força-tarefa, para captar clientes (…).
Como principal prova contra Bretas, Nythalmar apresentou um áudio de dois minutos e meio de uma conversa que ele gravou escondido em 2017, no gabinete do juiz. Crusoé teve acesso ao áudio (…).
O diálogo usado contra Bretas versa sobre um instrumento tradicional de toda delação: o delator topa detonar o esquema em troca da diminuição da pena. Não há fato ilícito no acerto nem trama, como Nythalmar e os adversários do juiz no Judiciário querem fazer crer.”
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