A pregação nos whatsApp ou em vários outros aplicativos procura direcionar, em boa parte, o posicionamento do eleitor sobre este ou aquele cenário, mas sempre desviando da realidade, que não lhe interessa. E o que se ler e se escuta é sempre as boas qualidades do governante ou do chefe de um partido acusado de crimes; o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, é um santo para seus liderados que asseguram ele não ter retirado um centavo sequer dos cofres da Petrobras, mas toda a ladroagem que foi envolvido é intriga da oposição; ou do presidente Jair Bolsonaro que seus seguidores afirmam não ter praticado rachadinha, muito menos seus filhos, nem tem culpa pelos desmandos praticados por seus ministros, a exemplo do que ocorre agora com o da Educação.
Triste Brasil! Se na eleição de 2018, o eleitor teve a opção de colocar no governo um petista, pertencente a um partido que praticou os atos mais imorais no país, ou de escolher um deputado federal, absolutamente desconhecido pela população, agora volta a assombração de ter de selecionar entre os mesmos personagens, ao menos segundo indicam as pesquisas. O caminho torna-se mais escabroso, porque são oferecidos dois candidatos, dos quais um têm a petulância de sugerir política de preços para diminuir o custo dos combustíveis, exatamente na empresa que ele quase leva à falência; enquanto o outro não se cansa de promover fofocas no círculo de pessoas que não tem o que fazer e comparecem ao denominado cercadinho para ouvir absurdos de um despreparado, mentiroso e golpista. Naquele ano, 2018, não se queria a continuidade dos petistas no governo, pois os escândalos da corrupção mostravam os escândalos praticados; neste 2022, com maior certeza, deve ser afugentado o responsável pela maior corrupção já registrada no Brasil, mas a opção que resta, se as pesquisas se confirmarem, é degradante e aparece um homem completamente despreparado para manter-se no Palácio do Planalto. Ademais, as acusações de corrupção contra o atual governo tornaram-se comuns. Mas o pior de tudo é que este homem ainda tem o desplante de dizer que não há corrupção no seu governo. A última refere-se a um ministro de sua absoluta confiança, no Ministério da Educação. As denúncias envolvendo pastores, acusados de cobrar propina para agilizar liberação de recursos para as prefeituras tomam conta dos noticiários, mas o presidente aparece para dizer que no seu governo não tem corrupção. Aliás, sempre foi assim: estoura uma revelação de crime de corrupção e o "mito" aparece para pregar as boas qualidades de seu ministro ou de seus filhos ou assessores outros.
Enfim, se a alternativa para votar para presidente continuar sendo a que se mostra na atualidade, é azucrinante o quadro!
Salvador, 27 de março de 2022.
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