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quarta-feira, 2 de março de 2022

RÚSSIA X UCRÂNIA E O MUNDO (IV)

As semelhanças com Hitler não se resumem ao aspecto físico
 FERTILIZANTES

Se o motivo da viagem à Rússia pelo presidente Jair Bolsonaro foi para garantir o fornecimento de fertilizantes, as negociações não surtiram efeito. É que a Rússia e a Belarus interromperam a venda do produto, que abastece o agronegócio brasileiro, em 20% do consumo; alegam a impossibilidade de escoar o produto através da Lituânia, integrante da União Europeia, porque foi fechada a fronteira. Belarus está sob o comando do ditador Lukashenko há quase 30 anos e seu país é alvo também de sanções. Espera-se que Bolsonaro explica a alegada "neutralidade" dele, sustentado na garantia do fornecimento do fertilizante.    

APPLE FORA DA RÚSSIA

A Apple anunciou a suspensão da veda de seus produtos para a Rússia, face a invasão da Ucrânia. Assegurou a exclusão da mídia estatal russa de sua loja de aplicativos; anteriormente, a Nike já havia deixado de vender seus produtos na Rússia. Os russos que buscam comprar os produtos da Apple têm a informação de que estão "indisponíveis". Outra providência adotada pela empresa situou-se na remoção de sua loja de aplicativos, os meios de comunicação estatais russos RT News e Sputnik News.  

MADURO, COMO BOLSONARO PROCURAM A RÚSSIA

O ditador sanguinário da Venezuela, Nicolas Maduro, manteve contato ontem com o presidente da Rússia, o verdugo Vladimir Putin. A conversa girou em torno da expansão do comércio entre os dois países. Maduro nem esperou o final da guerra para iniciar essa conversa com o carniceiro; procedeu tal como o presidente brasileiro, que poucos dias antes da guerra, esteve na Rússia, dizendo que buscava garantir o abastecimento de fertilizante para o agro-negócio do país. Na conversa, Maduro expressou apoio a Putin, atribuindo a invasão da Ucrânia à "atividade desestabilizadora" dos Estados Unidos; o ditador venezuelano condenou a "campanha de mentiras e desinformação" dos países ocidentais. Bolsonaro, Lula e Maduro pensam da mesma forma.  

EUROS PARA UCRÂNIA  

Os ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia, em decisão histórica, deram aval para um pacote de 450 milhões de euros, visando financiar o fornecimento de armas letais ao exército ucraniano. Em Bruxelas, o Alto Representante da União Europeia para a Política Externa e de Segurança, Josep Borrell, declarou: "Decidimos usar as nossas capacidades para fornecer armas, armas letais, assistência letal, ao exército ucraniano com um pacote de apoio no valor de 450 milhões, a que acrescem mais 50 milhões para fornecimento de material não letal, designadamente combustível e equipamento de proteção". Na segunda-feira foi definida como converter esta assistência em material e como transportá-lo para a linha de frente. Borrell agradeceu a Polônia que para exercer a logística de transferência da assistência para a Ucrânia.    

Guarajuba/Camaçari, 2 de março de 2022.

Antonio Pessoa Cardoso
Pessoa Cardoso Advogados.


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