Que falar sobre as idiossincrasias de um ex-deputado, completamente apagado, mas que, por acaso tornou-se presidente? O homem busca cenas inusitadas, a exemplo de visitar a Rússia, às vésperas de uma guerra, condenada por todo o mundo. Que dizer da campanha do presidente contra a vacina contra a covid-19? E o pior é que Bolsonaro permanece quase sozinho, pois até seu guru, o ex-presidente Donald Trump, mudou de partido e recomenda a vacina. O presidente do país lançou-se em campanha estúpida e perversa, questionando além da vacina, promovendo propaganda de medicamentos condenados para curar a doença. E seus seguidores, tais quais as "macacas de auditório", ficam enlouquecidos com as esquisitices do homem que dirige a nação.
Bolsonaro, em 2016, quando votou pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff declarou: "Pela memória do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, o pavor de Dilma Rousseff, o meu voto é sim". Este coronel foi condenado e reconhecido pela Justiça como responsável pela tortura de muitos presos políticos, no comando do DOI-Codi de São Paulo, mas o então deputado e o atual presidente cultuam sua memória como se tivesse homenageando um grande homem. Mas, tais atitudes de Bolsonaro não causam surpresa, pois ele prega, como fez no final de março, as "bondades", deixadas pela ditadura de 1964. Em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, ainda como candidato à presidência, e respondendo a questionamento sobre o auxílio-moradia, que recebia na Câmara, mesmo tendo imóvel, vejam o que falou Bolsonaro: "Como eu estava solteiro na época, esse dinheiro do auxílio-moradia eu usava para comer gente". Em 2017, quando era deputado, Bolsonaro, em palestra no Clube Hebraica, no Rio de Janeiro, declarou: "Foram quatro homens. A quinta eu dei uma fraquejada, e veio uma mulher".
Inquestionável é a afirmativa de que os ditadores governam com minorias, haja vista a situação de Cuba, Venezuela, Nicarágua e outros países. Pois, Bolsonaro envereda por esse caminho. Suas atitudes sempre mostram-se divisionismo, através da guerra aberta da ideologia e da desunião dos próprios governantes dos estados, haja vista o imbróglio no qual se meteu no combate à pandemia, quando o STF definiu competência também dos governadores e prefeitos para editar medidas contra a propagação da doença. Bolsonaro mente para diminuir os poderes constituídos da República, para alimentar o ódio do povo contra seus superiores, para pregar o armamento do povo, como remédio para não ser explorado. Agora, à beira da eleição, aliou-se ao que ele dizia combater, a corrupção, praticada entre seus mais próximos assessores: ministro da Educação, Chefe da Casa Civil e tantos outros.
Enfim, o governo é mesclado de preguiça, ódio, divisionismo e corrupção!
Salvador, 10 de abril de 2022.
Nenhum comentário:
Postar um comentário