O desembargador Roberto Wanderley Nogueira ingressou no CNJ com pedido de suspensão cautelar das promoções por merecimento no Tribunal Regional Federal da 5ª Região. O magistrado alega que esperou 39 anos para ser promovido e assegura que elas não são democráticas. Diz o desembargador que "muitos bons magistrados deixam de concorrer às promoções por merecimento, porque, não sendo espécie de juízes carreiristas, não creem como possível lograr sucesso em concursos que tais". Adiante: "Se não fosse desagradável, eu poderia dizer até os nomes que já circulam por aí como sendo os "carimbados" para serem nomeados. Isso é um absurdo". Ele não obteve apoio dos colegas para questionar os métodos usados nas promoções. Nos debates, no Tribunal, em voto vencido, declarou: "Não me venham dizer que a tese que S. Exas. estão suscitando aqui de listas sucessivas para os cargos simultâneos é uma tese jurídica; não é. É um "invencionismo", é um arbítrio pura e simplesmente, que tem por objetivo a prevalência de interesses de grupos dominantes aqui. Não podemos aceitar isso; já fui vítima disso e não quero que meus colegas que estão no 1º grau, de onde saí, sofram a mesma coisa que sofri".
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