A Finlândia e a Suécia enviarão, nos próximos dias, pedidos simultâneos para tornarem-se membros da aliança militar da OTAN. O Secretário-geral, Jens Stoltenberg, declarou que o organismo está "de braços abertos para os dois países" e que "cabe, naturalmente, à Finlândia e à Suécia decidir se pretendem ou não candidatar-se à adesão à OTAN". O interesse dois dois países cresceram depois que a Rússia invadiu a Ucrânia e promoveu ameaças com armas nucleares nas fronteiras com os dois países.
KREMLIN ADVERTE OCIDENTE
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, advertiu hoje para que o Ocidente suspenda as provocações no sentido de "testar a paciência" do governo de Vladimir Putin. Alegou que países da Otan incentivou a Ucrânia a atacar o território russo e "tal agressão contra a Rússia não pode ficar sem resposta".
O Departamento de Defesa dos Estados Unidos mostrou nas redes sociais o embarque de novos canhões M777 howitzer de 155 mm para a Ucrânia, capazes de alcançar objetivos a 30 km de distância. Os virulentos ataques das tropas russas no Donbass provocaram novo posicionamento do Ocidente e dos Estados Unidos, no sentido de fornecer armas letais para o exército ucraniano. Kiev diz que nas próximas semanas poderá recuperar os territórios ocupados pelos carniceiros, semelhante ao que se fez no Norte.
REINO UNIDO QUER EXPULSAR PUTIN DA UCRÂNIA
O ministro da Defesa do Reino Unido, Ben Wallace, seguindo a atuação dos Estados Unidos, declarou que "a comunidade internacional acredita que a Rússia deve deixar a Ucrânia. A comunidade internacional condena a Rússia pela invasão da Crimeia, que era ilegal em 2014, e pela invasão de Donetsk. Sempre dissemos que a Rússia deveria deixar o território soberano da Ucrânia e isso não mudou". Disse mais: "Em primeiro lugar, vamos tirar a Rússia de onde está agora (...). A chave aqui é continuar a apoiar a integridade soberana da Ucrânia e sua capacidade de se defender". Ben Wallace defendeu também o direito de os ucranianos bombardearem a Rússia.
UCRANIANOS VENDEM PEDAÇOS DE CAÇA RUSSO
O último caça russo abatido pela Ucrânia deu-se na terça-feira e os ucranianos estão vendendo pedaços do caça abatido. O Su-34 Fullback, um dos maiores caças russos, transformou em peça de decoração, identificador de mala, de chaveiro, depois de derrubado pelas forças ucranianas. A venda dessas peças é iniciativa do movimento "Drones para a Ucrânia", destinada a arrecadar fundos para financiar a defesa do país. Desde o início da guerra, o governo de Putin já perdeu 26 aviões, nove dos quais do modelo Su-34, conhecido como caça-bombardeiro.
UCRANIANA FORAM ATACADAS E ESTUPRADAS
Em reportagem, o jornal The Guardiaan, ouviu médicos forenses que fizeram exames póstumos nos corpos de ucranianos, encontrados em valas comuns, em Kiev, e asseguram terem descoberto evidências de que algumas mulheres foram estupradas, antes de serem mortas pelas tropas russas. As constatações apontam também dezenas de moradoras de Bucha, Irpin e Borodianka com corpos mutilados, queimados, alguns sem a cabeça e impossíveis de serem identificados.
UCRÂNIA ATACA A RÚSSIA
Desde início do mês, a região russa de Bolgorodo e Briansk, que fazem fronteiras com a Ucrânia, estão sendo atacadas, possivelmente, por drones e helicópteros ucranianos. Mikhailo Podoliak, assessor da presidência, no Twitter, assegura que seu país tem o direito de atacar objetivos militares russos, porque se a Rússia ataca a Ucrânia e mata civis, também a Ucrânia defenderá por todos os meios, inclusive com ataques contra depósitos e bases dos assassinos russos". Hoje foram registradas explosões e as defesas antiaéreas foram acionadas. Vladimir Putin culpa o Ocidente e alega que a Ucrânia está sendo incentivada pelos seus apoiadores. Diz o Kremlim que "tais agressões não podem ficar sem resposta".
EXECUTIVO DEIXA BANCO PARA LUTAR
O vice-presidente do Gazprombank, Igor Volubuev, que nasceu na Ucrânia, deixou o banco, onde trabalhava na Rússia, para se enfileirar às tropas do seu país contra a Rússia. O banco é braço financeiro da Gazprom, gigante do gás. Igor Volubuev declarou: "Eu não posso observar de fora o que a Rússia estava fazendo com minha terra natal".
Salvador, 28 de abril de 2022.
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