O presidente Jair Bolsonaro ingressou com notícia-crime, no STF, acusando o ministro Alexandre de Moraes de abuso de autoridade, porque praticou vários ataques à democracia e desrespeitou a Constituição e os direitos e garantias fundamentais. O irrequieto presidente diz que é "injustificado" o inquérito das fake news, porque não respeita o contraditório e impede acesso aos autos por parte dos investigados, além de não considerar prazos processuais. O presidente alega ainda que o ministro mantém o autor da notícia-crime como investigado no inquérito de vazamento de informações no ataque hacker às urnas eletrônicas, em 2018. Bolsonaro encaminhou mensagem a aliados, justificando seu posicionamento, onde diz que a medida presta-se para inadmitir a postura do magistrado. A ação tramita em segredo de justiça e o relator é o ministro Dias Toffoli.
A nova investida de Bolsonaro serve para buscar dois objetivos: apresentar "trabalho" para seus fanáticos seguidores e buscar impedimento de Moraes nos processos contra ele e seus filhos; todavia, nem um nem outro alvo será alcançado, porquanto a medida judicial só serve para tumultuar o processo eleitoral e este é o caminho do doente mental, como classificou o ex-senador Pedro Simon. Essas aventuras são comuns no presidente: já ingressou com impeachment contra Moraes e foi arquivada; pediu afastamento de Moraes da função pública por oito anos e nada aconteceu, porque absolutamente imprópria a medida.
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