O desembargador José Paganucci Júnior, do Tribunal de Justiça de Goiás, suspendeu ontem decisão do juiz Lourival Machado da Costa, que impôs multa de 100 salários-mínimos aos advogados Luiz Carlos da Silva Neto e Bruto Franco Lacerda Matins. Eles foram acusado de abandonar injustificadamente sessão plenária do Júri, realizado no dia 2 de maio, no caso que envolve a morte do jornalista esportivo Valério Luiz. A saída dos defensores provocou o adiamento do júri pela terceira vez, mas o desembargador entendeu que o afastamento da sessão "está atrelado ao próprio exercício da defesa do constituinte dos impetrantes. O jornalista foi assassinado a tiros em 2012, quando saía da rádio e a motivação do delito prende-se às críticas que fazia à diretoria do Atlético Goianense. São réus o ex-presidente do clube, Maurício Sampaio, mais quatro pessoas. Os adiamentos aconteceram face à pandemia, a segunda vez pela desistência da defesa no momento do Júri, a terceira pela saída da defesa do plenário, após indeferimento de adiamento.
A OAB/GO impetrou mandado de segurança em benefício do réu Maurício Sampaio e foi deferida a liminar. Na decisão do desembargador está escrito que "a sessão de julgamento do Tribunal do Júri já foi redesignada para o dia 13/06/22, os interessados continuam como advogados constituídos no feito, e a Defensoria Pública, embora intimada para patrocinar a defesa, declinou do múnus público, solicitando sua desabilitação".
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