A Procuradora do Ministério Público de Contas de São Paulo, Élida Graziane Pinto, fez previsão, há dois anos, de que o Brasil teria tempos de "feudalismo fiscal", na divisão e destinação dos recursos do Orçamento. Agora, em entrevista ao jornal Estado de São Paulo, a Procuradora diz do "retrocesso institucional" com a "PEC Kamikaze". Esclarece que o orçamento público atende "finalidades estritamente pessoais, individuais. Não há garantia de atendimento dos interesses da sociedade." Ela recorda música de Kazuza para entender o Brasil: "eu vejo o futuro repetir o passado". Assegura que "transformam um país inteiro num puteiro; pois assim ganha mais dinheiro". Adiante: "Esse modelo em que o Arthur Lira (presidente da Câmara) já é de fato o primeiro-ministro do Orçamento. Ele e o Rodrigo Pacheco (presidente do Senado) fizeram um consórcio de divisão do Poder". A Procuradora afirma que "o Lira tem mais poder do que Bolsonaro" e "o Bolsonaro é só tão somente uma espécie de rainha da Inglaterra. Ele tem o poder de narrativa, mas não tem o poder real".
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