O Cruzeiro Esporte Clube ingressou na 1ª Vara Empresarial de Belo Horizonte/MG com pedido de recuperação judicial, alegando necessidade de preservar as atividades da agremiação e para garantir o cumprimento de sua função social. O juiz Adilon Cláver de Resende aceitou o requerimento, considerando o clube como um dos mais tradicionais do futebol brasileiro e comprovou o exercício regular de suas atividades, sem ter falido ou obtido a concessão de recuperação judicial anteriormente. O magistrado entendeu que a situação do clube é passageira e "o estado de crise econômico-financeira pelo qual atravessa"; admitiu a "perspectiva de seu soerguimento". Escreveu o magistrado na decisão: "Não há como desprezar a sua história já construída e os milhões de torcedores que cativou ao longo de sua existência, o que pode ser considerado talvez o seu maior patrimônio e um ativo financeiro fundamental a ser devidamente explorado para se manter em atividade". O juiz nomeou duas administradoras judiciais devido à "multiplicidade de temas, complexidade aparente e possíveis embates".
Na petição, o Cruzeiro informa sobre a situação enfrentada com o rebaixamento para segunda divisão e os problemas com a pandemia; assim, em 2021, constituiu uma sociedade anônima, de conformidade com a Lei da SAF e foi aprovada alienação de 90% das ações da empresa, adquiridas pela empresa Tara Sports, controlada pelo ex-jogador Ronaldo.
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