O presidente Jair Bolsonaro não sossega com agressões ao sistema eleitoral, pelo qual ele foi eleito. Em reunião ministerial, desta semana, continuou com os ataques ao TSE, criticando as urnas eletrônicas, e contou com apoio do ministro da Defesa. O deputado Filipe Barros, convidado pelo presidente para a reunião, foi relator da PEC do voto impresso, rejeitada pelo Congresso, disse sobre fragilidades do sistema, versão desmentidas pelo TSE; aliás, o parlamentar responde a inquérito por vazamento de dados sigilosos. Bolsonaro envolve as Forças Armadas, quando reivindica aceitação de propostas dos militares, na comissão de transparência. Com Bolsonaro no governo as Forças Armadas passaram a ser "expert" em eleições.
O general Paulo Sérgio, ministro da Defesa, na reunião, prometeu cobrar propostas feitas ao TSE sem resposta. Na verdade, o ministro presidente do TSE, Edson Fachin, já informou sobre proposições já em prática, quando os militares deram sugestão. Os comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica participaram da reunião, mas mantiveram silêncio. O grande erro foi cometido pelo então presidente do TSE, ministro Roberto Barroso, quando convidou as Forças Armadas para integrar a comissão de Transparência, como bem disse o ministro aposentado Joaquim Barbosa. O encontro que tinha outra pauta foi totalmente dominado por ataques às urnas eletrônicas, ocupando mais da metade do tempo.
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