Tem programa para diminuir a fome e o sofrimento do povo sem as propostas eleitoreiras que apareceram no governo atual, mas que não resolvem o problema do pobre, pelo contrário, engorda os bolsos dos amigos do presidente, como está ocorrendo em Alagoas, onde um ex-prefeito, liderado de Arthur Lira, foi preso e responde por assalto aos cofres públicos. Aliás, o país passou a ser governado pelo Centrão, formado por um grupo de deputados de vários partidos que buscam verbas para alimentar seus instintos eleitoreiros. Ciro tem proposta de taxar grandes fortunas, sem diminuir o potencial econômico dos ricos, mas ajudando a diminuir o sofrimento dos necessitados. Ciro apresentou uma proposição que, certamente, será do agrado popular, consistente no fim das dívidas que nunca acabam dos devedores do cartão de crédito e do cheque especial. Eles pagarão por duas vezes essas dívidas e depois serão liberados. Denominou de "lei antiganância".
O jornal Estado de São Paulo, como fez com a entrevista de Jair Bolsonaro, mostrou algumas imprecisões em dados, por exemplo, quando assegurou que a "tradição do desemprego" no Brasil é de 5%; na verdade, na checagem do jornal, o Brasil nunca teve tão pequena taxa de desemprego, de conformidade com dados do IBGE. O jornal mostra também imprecisão no número de policiais do país, quando Ciro citou 11,6 mil, quando o contingente é de 13,8 mil servidores ativos. Outros números anotados pelo jornal apontam alguma diferença, mas nada que prejudica a informação, ou mais precisamente, nada de usar de mentira para elevar sua condição política. Enfim, o ex-ministro apresentou um programa de governo e mostrou sua viabilidade, tema no qual Bolsonaro não demonstrou. Aliás, desde 2018, o presidente atual nunca teve um programa de governo.
Ciro Gomes soube se expressar e terminou afirmando: "Você que vota no Bolsonaro, porque não quer o Lula de volta, me dá uma chance. Você que vota no Lula, porque não quer o Bolsonaro, há um país para governar, me dê uma oportunidade. E você indeciso, sabe quantos são vocês? Mais da metade da população. Está na mão de vocês mudar o Brasil".
Salvador, 24 de agosto de 2022.
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