sexta-feira, 26 de agosto de 2022

A ENTREVISTA DE LUIS INÁCIO LULA DA SILVA

Luiz Inácio Lula da Silva, tal como seu concorrente Jair Bolsonaro, na entrevista ao Jornal Nacional, apresentaram-se como salvadores da pátria. Lula foi ao cume do absurdo, quando assegurou que a Lava Jato comprometeu a economia do Brasil, porque desmantelou empreiteiras. Assim, Lula entende que o combate à corrupção causa danos à economia. Com essa afirmação, o ex-presidente defende a manutenção de empresas, ainda que estejam navegando num mar de lama, como aconteceu com a Odebrecht, a OAS e tantas empreiteiras que roubaram o dinheiro público como nunca.   

A desfaçatez do ex-presidente é abissal, quando afirma: "Se alguém comete um erro, comete um delito, se investiga, condena e absolve. O que foi o equívoco da Lava Jato: ela enveredou por um caminho político delicado". Na verdade, a Lava Jato foi freada porque o poder dos corruptos influenciou as Cortes de Justiça, principalmente o STF, através do comandante ministro Gilmar Mendes, responsável maior pela suspensão das condenações e prisões da Lava Jato, quando segurou em seu gabinete um Habeas Corpus por quase dois anos para julgar no momento político que achou conveniente.  

Lula diz: "não quero um procurador leal a mim. Quero um procurador leal ao país. À instituição." O ex-presidente assegurou que os investigadores durante a Lava Jato jogaram "o nome do MP na lama, porque houve muitos equívocos e muitas aberrações." Lula, indagado por duas vezes sobre o combate à corrupção, preferiu manifestar contra o presidente Jair Bolsonaro. Algumas perguntas, formuladas no programa, ficaram sem resposta e Lula preferia embrenhar por outros caminhos para justificar sua busca pela "união" dos brasileiros. Lula não tem moral para defender princípios de honestidade e ética na política, pois seu governo mostrou o nível de corrupção praticada.          

Lula defendeu o indefensável: as invasões de terras promovidas pelo MST e assegurou que "nenhum governo tratou do agronegócio como nós tratamos". Indagado sobre a função do MST em sua campanha e em seu governo, o ex-presidente não respondeu, salvo para elogiar os arruaceiros. Disse Lula: "O MST tá cuidando de produzir" e afirmou que "aquele MST de 30 anos atrás não existe mais".  

O jornal Estado de São Paulo mostra algumas impropriedades e mentiras na fala do ex-presidente. Foi o caso, por exemplo, do número de pessoas que teve acesso ao ensino superior: de 3,5 milhões para 8 milhões; o jornal mostra que este número de 8 milhões, afirmado por Lula, não é verdadeiro, porque não passou de 6,3 milhões . O Conselho de Controle de Atividades Financeiras, COAF, não foi criado por Lula, mas por Fernando Henrique Cardoso, através da Lei 9.613/1998. Lula mentiu quando afirmou que o governo emprestou US$ 15 bilhões para o FMI; na verdade, segundo o Estadão houve esse empréstimo, mas de US$ 10 bilhões. Também o Conselho Administrativo de Defesa Econômica, CADE, foi criado em 1962 e não no governo de Lula como ele disse ontem. Em 1994, o CADE, que era um órgão do Ministério da Justiça, tornou-se autarquia, em 1994, no governo Itamar Franco, de conformidade com a Lei n. 8.884/94.  

A despeito de autodeterminação dos povos, Lula preserva a amizade de seus parceiros e ditadores e defende os regimes cruéis de Cuba, da Venezuela e da Nicarágua; neste país, Daniel Ortega persegue até mesmo os representantes da Igreja Católica no país.  

Salvador, 26 de agosto de 2022.

Antonio Pessoa Cardoso
Pessoa Cardoso Advogados.



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