domingo, 28 de agosto de 2022

"GENTE SÉRIA É QUE DUVIDA DAS CREDENCIAIS DEMOCRÁTICAS DE LULA"

Com o título acima, o jornalista Mario Sabino escreve, "O Antagonista, com muita propriedade os princípios antidemocráticos do candidato Luiz Inácio Lula da Silva.   

Gente séria é que duvida das credenciais democráticas de Lula

No Jornal Nacional, o que se viu foi um simpatizante e financiador de ditaduras, amigo de Fidel, Chávez e Maduro, fugindo da raia e posando de democrata

Gente séria é que duvida das credenciais democráticas de Lula

Reprodução: Tv Globo

Em editorial, o jornal O Globo afirma que Lula continua em forma para driblar temas incômodos”, ao avaliar a participação do petista no Jornal Nacional. A análise é serena e precisa, mas escorrega quando fala sobre as simpatias de Lula (foto) em relação a regimes antidemocráticos. O jornal diz que “no front externo, Lula perdeu mais uma vez a chance de condenar sem ressalvas o regime na Venezuela e as demais ditaduras de esquerda na América Latina. Lançou mão de um argumento em andrajos, proclamando a autodeterminação dos povos e dizendo que o Brasil passaria a ter amigos entre todas as nações.  Não que alguém sério tenha dúvidas sobre as credenciais democráticas de Lula (o candidato mais próximo de tentar transformar o Brasil numa Venezuela é Jair Bolsonaro).”

A última frase é a escorregada a que me referi: como assim “ninguém sério” tem dúvidas sobre as credenciais democráticas de Lula? A afinidade do petista e do seu partido com os regimes autoritários da Venezuela, de Cuba e da Nicarágua é total. Nos governos de Lula e Dilma Rousseff, Venezuela, Cuba e Moçambique (outra ditadura) assinaram contratos para receber uma quantia estimada em 14 bilhões de reais, por meio do BNDES. E, como revelou o Estadão, em abril de 2019, o calote dos três países chegava a 2,3 bilhões de reais. Por que a afinidade com regimes autoritários não se concretizaria aqui, se Lula e PT tivessem condições de implantar algo parecido? O Foro de São Paulo, fundado por Lula e Fidel Castro em 1990, não é uma paranoia bolsonarista. É uma organização que visa, sim, a estabelecer a hegemonia da esquerda na América Latina, ou tomando o poder pelas armas, ou corroendo a democracia por dentro. Por causa dessas suas ligações perigosas é que Lula driblou as perguntas que lhe foram feitas no Jornal Nacional.

Nos anos em que o PT esteve no poder, o partido e o seu líder máximo, Lula,tentaram exatamente isto: corroer a democracia por dentro, por meio do aparelhamento da máquina estatal, da compra de parlamentares com dinheiro público roubado, do financiamento milionário das suas campanhas eleitorais com recurso escusos, de dossiês falsos para destruir adversários políticos, do uso violento de movimentos sociais para invadir e destruir propriedades privadas, do disseminação de notícias falsas contra jornalistas independentes pelos blogs sujos patrocinados com dinheiro estatal.

As barbaridades cometidas por Jair Bolsonaro não podem ser pretexto para transformar o líder petista e o seu partido em bastiões da democracia(que consideram valor estratégico, não universal, apesar das juras de amor eleitoreiras). Voltando ao front externo, quando o ditador Fidel Castro morreu, Lula disse que havia perdido “um irmão mais velho” e que “para os povos de nosso continente e os trabalhadores dos países mais pobres, especialmente para os homens e mulheres de minha geração, foi sempre uma voz de luta e esperança”. Afirmou também que o espírito  “combativo e solidário (do ditador cubano) animou sonhos de liberdade, soberania e liberdade” e que a “bravura”de Fidel e inspirava a luta contra a “tirania”.

Em 2016, a Veja publicou uma reportagem documentada, mostrando como Lula ajudou ativamente Hugo Chávez a se eleger quatro anos antes. Segue um trecho:

“‘Eu durmo tranquilo porque sei que Chávez está ali (na presidência), mas também, às vezes, perco o sono pensando que Chávez poderia perder as eleições de dezembro de 2012′, foi assim que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva manifestou sua preocupação com o desfecho das eleições na Venezuela, conforme relatou o então embaixador da Venezuela no Brasil Maximilien Arveláiz em um e-mail enviado para Caracas. O texto faz parte de um conjunto de documentos da diplomacia venezuelana ao qual VEJA teve acesso.

A conversa relatada por Arveláiz ocorreu na manhã do dia 24 de fevereiro de 2011, em um hotel de São Paulo. Lula havia deixado a presidência menos de dois meses antes. Segundo registrou o diplomata venezuelano, para Lula ‘uma derrota de Chávez em 2012 seria igual ou pior que a queda do muro do Berlim’. A revelação sugere que o petista se ressentia do evento que marcou a derrocada do comunismo.

Como estratégia para tentar fortalecer Chávez na disputa eleitoral, Lula planejou a criação de um comando de campanha sediado no Brasil que ele coordenaria pessoalmente ao lado de José Dirceu.

Além disso, Lula definia como “fundamental” a entrada da Venezuela no Mercosul. ‘Se conseguirmos o ingresso seria uma grande vitória política’, anotou Arveláiz.

O diplomata afirma que, além do lobby pelo ingresso no Mercosul, Lula avisou que enviaria João Santana (equivocadamente grafado nos documentos como Joel Santana) para coordenar a campanha presidencial de Chávez.”

Depois da morte de Hugo Chávez, os venezuelanos caíram nas garras do seu continuador, Nicolás Maduro, com quem o Grande Timoneiro petista mantém laços de amizade igualmente inquebrantáveis.

Gente séria é que duvida das credenciais democráticas de Lula.

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