O ex-governador do Tocantins, sua filha, sobrinho, mais 12 pessoas tornaram-se réus, com o recebimento de denúncia pelo juiz Rafael Gonçalves de Paula, da 3ª Vara Criminal de Palmas/TO. Mauro Carlesse, ex-governador, Claudinei Aparecido Quaresemin, ex-secretário estadual de Estado e Parcerias e Investimentos, sobrinho de Carlesse, Kiriliuk Carlesse Alves, filha do político, mais 12 pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público do Estado pela prática dos crimes de associação criminosa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A peça inicial serviu-se de informações contidas no inquérito da Polícia Federal, na Operação Hygea e destinou-se a apurar cobrança de propina de empresários da saúde, em conjunto com a Operação Éris, acerca do aparelhamento da Polícia Civil de Tocantins. As investigações causaram o afastamento do então governador e a Assembleia Legislativa abriu processo de impeachment, arquivado após a renúncia de Carlesse, que se deu em 11 de março deste ano.
Os fatos investigados provocaram duas ações, uma das quais ainda não foi recebida a denúncia e que acusa o ex-governador, ex-secretários, a antiga cúpula da Secretaria da Segurança Pública e delegados da Polícia Civil pelo uso do aparato da pasta para impedir investigações contra membros do governo. Na denúncia está anotada que os operadores financeiros forneciam notas fiscais falsas de venda de material aos hospitais, que pagavam em cheques, mas não recebiam os produtos. Depois do pagamento de propina, entre 4% a 10% do valor, os créditos eram liberados e pagos para os hospitais, mas as notas fiscais eram canceladas. O valor desses atos criminosos foi calculado em R$ 5 milhões.
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