GUERRA NA UCRÂNIA

Depois que os soldados ucranianos retomaram áreas territoriais, mais de 3 mil km2, ocupadas por forças russas, o presidente Vladimir Putin demitiu o comandante locado na região de Donbass, tenente-general Roman Berdnikov, tido como culpado pelo avanço das tropas de Kiev, que recuperaram mais de 20 cidades e vilarejos, somente nas últimas 24 horas. Putin nomeou o coronel-general Alexander Lapin. Enquanto os russos perdem no front da guerra, Putin sofre pressão dos russos, através de deputados municipais de 18 distritos de Moscou e São Petersburgo, que em declaração pública assinada, exigem renúncia de Vladimir Putin, o carniceiro que está perdendo a guerra na Ucrânia. Diz a declaração: "Nós, os deputados municipais da Rússia, acreditamos que as ações do presidente Vladimir Putin prejudicam o futuro da Rússia e de seus cidadãos. Exigimos a renúncia de Vladimir Putin do cargo de Presidente da Federação Russa!".

Entre as 500 autoridades convidadas para a cerimônia fúnebre da rainha Elizabeth, o presidente da Rússia, Vladimir Putin foi ignorado, assim como seus apoiadores, os representantes de Belarus, aliado da Rússia e Mianmar, acusada de perseguir os rohingya, uma minoria ética muçulmana. Evidentemente que o motivo situa-se na invasão da Ucrânia. A previsão é que 500 autoridades estrangeiras deverão comparecer à cerimônia, em Londres.

As forças armadas ucranianas prosseguem na retomada de cidades ocupadas pelos russos, na região de Lugansk; na terça-feira, 13/9, foi a vez de recuperar Kreminna. A bandeira ucraniana foi hasteada e os russos desapareceram. Informações oficiais asseguram que mais de 300 vilas e cidades foram retomadas dos russos, desde início deste mês de setembro. Há luta na cidade de Svatove, onde os russos, que fugiram, retornaram para tentar retomar o controle. Os ataques prosseguem nas cidades de Kherson e Melitopol, esta na região de Zaporizhzhia, ocupadas pelos russos desde o mês de fevereiro. 

Os ganhos militares da Ucrânia contam com os serviços de inteligência dos Estados Unidos e do Reino Unido, que discutem sobre o rumo a seguir na guerra. Sob o comando de Volodimyr Zelenski, os militares ucranianos lançaram amplo ataque pelo sul, visando a retomada da Kherson e a interrupção de ligação entre Mariupol e as forças russas, no leste. Jake Sullivan, conselheiro de segurança nacional, Andrii Yermak, graduado conselheiro de Zelenski, em muitos momentos trocaram idéias sobre o planejamento da contraofensiva. O general Mark Milley, chefe do Estado-Maior Conjunto dos Estados Unidos e altos comandos militares ucranianos também discutiam sobre a inteligência e apoio militar.    

Salvador, 14 de setembro de 2022.

Antonio Pessoa Cardoso

Pessoa Cardoso Advogados.