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sexta-feira, 14 de outubro de 2022

POLÍCIA FEDERAL ABRE INQUÉRITO CONTRA PESQUISAS; MORAES SUSPENDE

A Polícia Federal, por solicitação do ministro da Justiça, Anderson Torres, abriu, ontem, 13/10, inquérito contra institutos de pesquisas para averiguar se houve intenção de prejudicar o presidente Jair Bolsonaro com os números apresentados no 1º turno, no pleito do dia 2/10. O fundamento é de que os institutos de pesquisas cometeram erros nas sondagens que promoveram, porquanto apontavam vitória de Lula no 1º turno, com diferença de 14 pontos, o que não ocorreu, porque a diferença foi de apenas cinco pontos. E a vindita conta os pesquisadores não para, por aí, porquanto tramita na Câmara dos Deputados projeto "para punir com multa e cadeia os institutos que errarem em suas pesquisas", segundo o líder do governo, Ricardo Barros. O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, anexou o projeto a outro, apresentado em 2011, visando acelerar a tramitação da proposta. O fanatismo dos seguidores de Bolsonaro chega a este ponto, de considerar infalibilidade dos institutos de pesquisas, quando eles apontam tendências do eleitorado, nunca a garantia de que este ou aquele candidato vai vencer.   

Acontece que ainda temos juízes e o ministro Alexandre de Moraes, do STF, suspendeu a investigação contra os institutos de pesquisas, sob fundamento de que é de competência da "Justiça Eleitoral a fiscalização das entidades de pesquisa". Moraes diz que as investigações "são baseadas, unicamente, em presunções relacionadas à desconformidade dos resultados das urnas com o desempenho de candidatos retratados nas pesquisas". Adiante: "Tais medidas açodadas, além da incompetência dos órgãos que as proferiram e da flagrante usurpação das funções constitucionais da Justiça Eleitoral, parecem demonstrar a intenção de satisfazer a vontade eleitoral manifestada pelo Chefe do Executivo e candidato à reeleição".    


 

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