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domingo, 20 de novembro de 2022

HACKER AJUDOU MILITARES

O hacker Walter Delgatti Neto deixou o PT e abraçou o bolsonarismo, principalmente, com a missão de encontrar fraudes ou algum erro nas urnas eletrônicas. Delgatti foi levado ao presidente Jair Bolsonaro pela deputada Carla Zabelli, com quem teve uma reunião às escondidas, em agosto; os três tinham um objetivo, consistente na desmoralização do sistema eleitoral brasileiro. Depois da saída do encontro com Bolsonaro, Delgatti foi levado ao Ministério da Defesa a fim de conversar sobre as urnas com os militares, que tinha o encargo repassado pelo presidente de encontrar falhas nas urnas. Delgatti disse a amigos: "Eu vou contra as urnas, elas (as urnas) não conseguirão mais se defender porque quem está falando agora é o mesmo que eles chancelaram na Lava-Jato". Depois de ir a Brasília, Delgatti passou a ser financiado por Zambelli e abriu uma empresa Delgatti Desenvolvimento de Sistemas, em fins de agosto. Delgatti tinha uma dificuldade: ele foi punido para não ausentar de Araquara/SP, onde reside, assim como de ter acesso a internet, face a um processo de invasão de contas no Telegram.

Delgatti transmitiu para os militares que o código-fonte, que fazia funcionar as urnas, podia conter um código-malicioso para roubar votos de Bolsonaro e repassar para Lula; acreditava Delgatti que uma chave secreta, embutida nos equipamentos, promovia a transferência dos votos. O hacker acreditou que através do teste de integridade, na hora e no local da votação, com biometria de eleitores reais, saberia se os equipamentos estavam registrados corretamente os votos. E o ministro da Defesa abraçou a ideia do hacker e passou a defender o teste de integridade. O TSE terminou aceitando a proposta do ministro Paulo Sérgio Nogueira e nada se encontrou de errado e a desmoralização foi total no seio dos militares bolsonaristas. 

Essa matéria foi baseada em publicação da revista VEJA.  

 

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