sábado, 19 de novembro de 2022

OS CÔNSULES HONORÁRIOS E A CORRUPÇÃO

Cerca de 500 cônsules honorários de muitos países foram ou estão envolvidos em escândalos ou crimes, segundo investigações promovidas por jornalistas. No Brasil, foram apontados doze casos de cônsules implicados em crimes de corrupção, contrabando e grilagem de terras. O episódio mais recente é do cônsul honorário da Guiné-Bissau, Adailton Maturino dos Santos, condição que lhe foi favorável para dialogar e tramar corrupção com desembargadores, juízes, chegando até a um tribunal superior. Trata-se da grilagem, no Oeste da Bahia, no município de Formosa do Rio Preto, de 360 mil hectares, que oferecia aos corruptos mais de R$ 1 bilhão. Em face desse escândalo, na Bahia, foram afastados dos seus cargos e presos desembargadores, juízes, advogados delegados e servidores. É registrado também a ocorrência do lobby para venda da Covaxin, vacina da empresa indiana Bharat Biotech, para o governo Bolsonaro, que nunca chegou ao Brasil. Participaram da trama dois cônsules honorários da Índia, além de empresas e muitas outras pessoas. Posteriormente, descobriu-se sobrepreço no produto e suspeitas de fraudes em documentos apresentados pela empresa vendedora. Outro caso, deu-se com um cônsul, acusado de comandar organização criminosa que montava máquinas de jogos de azar para vender no Brasil e no exterior. 

São inúmeros os episódios que mostram as facilidades de uso de um simples cargo honorário para obter vantagens, fundamentalmente, ilícitas.         



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