O despreparo do presidente que não conseguiu a reeleição, é mostrado em vários aspectos e, por último, desde o resultado, em 30 de outubro, quando permaneceu ausente do poder, resultando em apoio aos seus radicais seguidores que promoveram arruaças nas estradas, com bloqueios, ou ajuntamentos nas frentes de quarteis do Exército, em vários estados, reclamando golpe, comandado por Bolsonaro, além do vandalismo no dia da diplomação dos eleitos, com atos terroristas, em Brasília, semeando ódio, pânico e o isolamento político de seus líderes. O mais constrangedor é que os militares e as autoridades não tomaram nenhuma providência e os vândalos celebraram verdadeiros fuzuês pelo Brasil afora. Afinal, se buscar recordações do passado do ex-presidente será constatada sua permanência na Câmara dos Deputados por quase 30 anos e não se registrou nenhum projeto de sua autoria para emoldurar o desempenho efetivo do cargo que ocupava. Daí passou, sem merecimento algum, para a Presidência, fruto de uma série de ocorrências que contribuiram para a obtenção do prêmio que ninguém acreditava ser possível.
Ninguém reclamava apoio de Bolsonaro ao presidente eleito, mas se buscou respeito à opinião pupular, formulada através da eleição, que possibilita a alternância do poder e o povo escolheu Lula com boas ou más qualidades. A opção importou em apear do poder um deputado de 30 anos no Congresso que pautou toda a sua trajetória política pela pregação de rasgos conta a democracia, como o apoio ao golpe militar de 1964 e a defesa do torturador da ditadura, Carlos Alberto Brilhantes Ustra. Mas o despreparo do presidente não para por aí, pois os quatro anos de seu governo foi de descaso total com a educação, saúde, meio ambiente e a área social, como mostram os indicadores do país no período de 2019 a 2022. Nem se fala sobre "as ondas de doidice e desprezo", inclusive com a falta de financiamento para a área, dispensada pelo governo de Bolsonaro à comunidade científica e às universidades públicas, que ele classificava de antro de comunistas.
Enfim, o Brasil conseguiu livrar-se de uma erva daninha que destruia aos poucos a democracia!
Salvador, 4 de janeiro de 2023
Antonio Pessoa Cardoso
Pessoa Cardoso Advogados.
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