O presidente Luiz Inácio Lula da Silva está desmilitarizando o Palácio do Planalto; no final do ano passado, 1.231 militares do Exército, da Marinha e da Aeronautica foram cedidos para formar a equipe do ex-presidente Jair Bolsonaro, o que significou a militarização jamais vista no governo federal. Bolsonaro pregou a militarização e esperou colher os frutos que não vieram, consistentes no golpe que não aconteceu, porque não encontou apoio das Forças Armadas. Os discursos antidemocráticos do ex-presidente resultou na tentativa de golpe do 8 de janeiro. Em termos comparativos verifica-se que o governo de Dilma Rousseff tinha 943 militares da ativa, Lula, 818 no segundo governo e Fernando Henrique, no seu segundo mandato, 648. Nesses números não estão incluídos os militares da reserva, trazidos por Bolsonaro para os ministérios, a exemplo dos generais Augusto Heleno, Luiz Eduardo Ramos, Braga Netto e outros.
O novo governo, no dia de ontem, exonerou mais 13 militares do Gabinete de Segurança Institucional, órgão responsável pela proteção do presidente e do Palácio do Planalto; anteriormente, Lula já tinha dispensado outros 40 militares, que trabalhavam no Palácio da Alvorada, além de outros lotados em diversos órgãos do governo. O presidente lamentou o fato de os órgãos de inteligência não tê-lo advertido sobre os ataques do 8 de janeiro. Enquanto isso, o Exército abriu o primeiro inquérito policial-militar contra o coronel da reserva Adriano Camargo Testoni, por ter participado dos atos golpistas, além de xingamentos contra integrantes do Alto Comando do Exército.
Nenhum comentário:
Postar um comentário