quinta-feira, 9 de fevereiro de 2023

DESEMBARGADOR NA SUPERINTENDÊNCIA JURÍDICA INSTITUCIONAL EM BRASÍLIA

O desembargador Gilson Soares Lemes, ex-presidente do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, que apoiou abertamente a campanha do ex-presidente Jair Bolsonaro, tendo inclusive comparecido a evento eleitoral, na Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais, foi beneficiado com a criação e ocupação do cargo de Superintendente Jurídico Institucional, de conformidade com portaria do Tribunal mineiro, onde foi criado, em Brasília, um escritório de representação do Tribunal. Nesse cargo, o ex-presidente manteve contatos com políticos e busca ser nomeado para ministro do STJ ou do STF. O atual presidente, desembargador José Arthur Filho, através da Portaria 5.720, revogou aquela norma e determinou que o magistrado retorne às suas atividades. O desembargador Marco Aurelio Ferenzi pede instauração de Processo Administrativo Disciplinar contra Lemes e contra o presidente desembargador José Arthur Filho. 

Lemes agora responde a Reclamação Disciplinar, no CNJ, que visa apurar infração disciplinar com a instalação do escritório, cenário que não se registra em nenhum tribunal do país. É pedido o imediato fechamento do órgão instalado para acomodar o ex-presidente. Nas razões apresentadas ao CNJ é classificado o órgão do Tribunal em Brasília como "uma excrescência; invenção estranha às práticas dos tribunais", visando facilitar a movimentação de Lemes em Brasília, na busca de promoção pessoal. Reclama-se também informações sobre o custo mensal da estrutura do órgão instalado na capital federal, "verdadeiro consulado".     

 

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