terça-feira, 21 de fevereiro de 2023

EX-PRESIDENTE SERÁ JULGADO, MAS FEZ MUITO LOBBY

Desembargador Gilson Lemes
Há uma ano atrás, o então presidente do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, Gilson Lemes, fez um jantar de confraternização para inauguração do Escritório de Representação do Tribunal de Justiça, em Brasília, destinado fundamentalmente para contatos políticos e pela reeleição de Jair Bolsonaro. A mulher de Lemes fez capanha política com Michelle Bolsonaro e a senadora Damares Alves, para a releição de Bolsonaro. Compareceram a única representação, em Brasília, entre todos os tribunais do Brasil, o ministro João Otávio de Noronha, o procurador-geral de Justiça, Jarbas Soares Júnior, o presidente da OAB/MG, Sérgio Rodrigues Leonardo e a ex-presidente da AMB, Renata Gil, além de 30 desembagadores, juízes, servidores, parlamentares, advogados, membros das Polícias Militar e Cívil, do Exército e da maçonara, em verdadeira campanha do ex-presidente para desembarcar no STJ ou no STF. 

Nada deu certo e o Tribunal mineiro gastou R$ 607 mil pelo aluguel de um imóvel da Confederação Nacional do Comércio, para alojar Lemes em sua campanha política. O presidente do Tribunal, José Arthur Filho, eleito para a Corte no quinto constitucional, com apoio de Lemes e seu sucessor, um ano depois, determinou o fechamento do escritório, que serviu mais de comitê político, e mandou Lemes retornar às suas atividades jurisdicionais.  Mais o imbróglio não parou por aí, pois foi aberta Reclamação Disciplinar contra o ex-presidente para apurar infração disciplinar sobre o aluguel do escritório, e o julgamento no CNJ deverá ocorrer no próximo dia 28. O ministro Luiz Felipe Salomão é relator e Lemes promoveu muito lobby para evitar eventual punição.     


 

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