O Ministério Público do Rio de Janeiro está em crise, face às dificuldades que o Procurador-geral de Justiça, Luciano Mattos, encontra para preencher vagas em grupos especializados em temas prioritários do Estado. O cenário abala investigações sobre milícias, segurança hídrica, prevenção e desastres naturais, saúde e educação. A maioria dos grupos especializados continuam com cargos sem titulares, no total de 86 vagas, das quais apenas 22 estão ocupadas; o pior é que há grupos especializados e forças-tarefas criadas sem nenhum integrante. O principal Grupo de Atuação Especializada contra o Crime Organizado, GAECO, tinha 34 membros e agora conta com apenas 7. As dificuldades foram criadas após a recondução do Procurador-geral, pelo governador do Estado; os promotores recusam em aceitar os cargos, porque não esperavam a recondução de Mattos à chefia, face à "derrota inédita que sofreu na eleição interna", tornando-se o primeiro Procurador-geral a perder a disputa entre membros do próprio órgão.
Apesar de tudo, o Ministério Público do Rio de Janeiro, em Nota, nega dificuldades para indicação dos integrantes dos grupos. Afirma trecho da Nota: "está em curso o processo de reorganização da estrutura interna do MPRJ, para promover e ampliar os meios de auxílio aos promotores naturais". Adiante: "Muito em breve, todas as modaliades de auxílio estarão reformuladas e voltarão a atuar plenamente".
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