BIOLIONÁRIOS CHINESES DESAPARECEM

Jack Ma, fundador do Alibaba

Bilionários chineses estão desaparecendo, de uma hora para outra, na China. O banqueiro Boa Fan, 53 anos, mais quatro outros magnatas sumiram desde 2015. A Bolsa de Valores de Hong Kong, em fevereiro, comunicou dificuldades de entrar em contato com Boa Fan; dias depois, o banco noticiou que Boa Fan estava cooperando com as autoridades chinesas em investigação sobre "os negócios e as operações do Grupo continuam normalmente". Uma agência de notícias esclareceu que as autoridades chinesas apanharam Boa Fan para depor e ajuda na investigação de Cong Lin, ex-presidente da China Renaissance, que foi detido em setembro/2022.

Em 2020, Jack Ma, fundador do portal de vendas online Alibaba, desapareceu depois que ele criticou os reguladores financeiros chineses, em discurso pronunciado em Xangai. Pouco tempo após essa manifestação, em março/2021, Jack Ma desapareceu. O magnata Rei Zhiqiang chamou o presidente Xi Jinping de "palhaço", pela atuação no combate ao Covid-19; em março/2020, ele desapareceu e, neste mesmo ano, foi condenado a 18 anos de prisão pela alegada prática do crime de corrupção. Xiao Jianhua, canadense, de origem chinesa, em 2017, foi detido em um hotel, em Hong Kong e julgado em Pequim pelo alegado crime de "manipular mercados de ações e futuros" além de "oferecer subornos". Em 2022, foi preso e condenado por corrupção a 13 anos de cadeia. Em 2015, Guo Guangchang, presidente do chinês Fosum, desapareceu, e a empresa explicou que ele estava "ajudando em algumas investigações das autoridades judiciais".

Os empresários chineses estão temerosos com os fatos que têm ocorrido no país e, principalmente, face ao poder, sem limites do Partido Comunista Chinês, que, na prática, tornou-se "sócio de todas as empresas chinesas". A matéria é do jornal Estado de São Paulo.