Advogado Tacla Duran |
O novo juiz que assumiu a cadeira, anteriormente ocupada por Sergio Moro, em Curitiba, concedeu ao advogado Rodrigo Tacla Duran proteção da Polícia Federal. Este advogado é réu, estava foragido há sete anos e teve seu nome inserido entre os criminosos procurados pela Interpol para prendê-lo, mas o atual juiz, Eduardo Appio, da 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba, desafeto de Sergio Moro, deu-lhe proteção policial, na condição de testemunha. O magistrado diz na decisão que "viu risco concreto de vida e segurança" e entende ser necessário a "segurança necessária", ao foragido, que vive na Espanha há anos. Escreveu o juiz Appio: "O acusado está sendo encaminhado ao programa federal de testemunhas protegidas por conta do grande poderiao político e econômico dos envolvidos, sendo certo que toda e qualquer medida somente será apreciada por este Juízo Federal em caso de risco concreto à vida e/ou segurança das testemunhas e autoridades envolvidas".
Juiz Appio |
Tacla Duran, advogado da Odebrecht, foi apontado como operador financeiro da construtora em esquemas de corrupção. No processo penal a que responde, depois de sete anos, apareceu para depor por videoconferência, na segunda-feira, 27/03, e recebeu o prêmio que, naturalmente, esperava, proteção da Polícia Federal. Nas declarações de Duran, há acusação contra o ex-juiz Sergio Moro e o ex-procurador Deltan Dallagnol, de parcialidade. Em certo trecho do depoimento, o foragido diz: "O que estava acontecendo não era um processo normal, era um bullying processual, onde me fizeram ser processado pelo mesmo fato em cinco países por uma simples questão de vingança, por eu não ter aceito ser extorquido".
O senador Sergio Moro respondeu: "Trata-se de uma pessoa que, após inicialmente negar, confessou depois lavar profissionalmente dinheiro para a Odebrecht e teve a prisão preventiva decretada na Lava Jato. Desde 2017 faz acusações falsas, sem qualquer prova, salvo as que ele mesmo fabricou. Tenta desde 2020 fazer delação premiada junto à Procuradoria Geral da República, sem sucesso. Por ausência de provas, o procedimento na PGR foi arquivado em 9/6/22".
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