sexta-feira, 17 de março de 2023

O DECLÍNIO DA LAVA JATO

A Lava Jato começou a perder força desde o momento que alcançou políticos e grandes empresários. A partir de seu enfraquecimento, os inquéritos e os processos seguiram o caminho natural, quando se mexe com gente poderosa: arquivamento. E o tropeço iniciou na mais alta instância da Justiça, exatamente no STF, que mudou jurisprudência para favorecer os investigados. O presidente Luis Inácio Lula da Silva, o senador Renan Calheiros foram investigados em 23 e 19 inquéritos e todos já arquivados. O resultado foi a manutenção dos desvios de verbas da Petrobras, além de muitos outros órgãos federais. O certo é que a Operação, responsável pela descoberta das maiores corrupções no país, não causou o emperramento da carreira política dos maiores ladrões da história brasileira.        

O presidente Luis Inácio Lula da Silva, por exemplo, foi preso e condenado em todas as instâncias, mas o STF encontrou a fórmula salvadora e anulou todos os processos contra Lula que terminou abrindo o caminho para vencer nas últimas eleições e tornar presidente pela terceira vez. O senador Ciro Nogueira, apesar de investigado, continuou na sua trajetória política como se nada tivesse acontecido. Afinal conseguiu arquivamento de oito processos e tornou-se chefe da Casa Civil do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. Interessante é que Bolsonaro, em 2020, chegou a declarar que "acabou com a Lava Jato, porque não tem mais corrupção no governo". 

Os principais protagonistas da Lava Jato não viram outra via que não a política e Sergio Moro foi eleito senador e Deltan Dallagnol conquistou uma cadeira na Câmara dos Deputados. O outro juiz que desmantelava a corrupção no Rio de Janeiro, Marcelo Bretas, foi afastado de suas funções. Já teve quem disse que a condenação de Lula importa em ter a certeza de que o juiz é de direita ou se condena Bolsonaro, o juiz é de esquerda.

Segundo o jornal Folha de São Paulo, foram arquivadas 23 investigações contra o presidente Luis Inácio Lula da Silva, 19 contra o senador Renan Calheiros, 8 conta Ciro Nogueira e 6 contra o deputado federal Aécio Neves. 




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