O juiz Eduardo Appio, que assumiu a 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba, em fevereiro/2023, tem-se envolvido em discussões com juízes e procuradores da Lava Jato, e terminou sendo afastado ontem, 22/05, pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região. Na decisão, a Corte diz que "Appio foi o autor de ligação com ameaças ao filho do desembargador Marcelo Malucelli". O notebook, desktop e celular funcional também foram apreendidos e encaminhados para perícia, além de impedido de acessar ao prédio e ao sistema da Justiça Federal. O caso será comunicado ao CNJ. O juiz afastado é admirador do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e até contribuiu com doação na campanha política. Em entrevista ele confirmou o uso do login LUL22 e ainda declarou que se tratava de "protesto isolado e individual", contra a prisão de Lula. Durante sua temporada em Curitiba, o magistrado revogou prisão do advogado Rodrigo Tacla Duran, acusado de corrupção; fez mais, para proteger Duran, quando incluiu seu nome no programa federal de testemunhas protegidas, além de realizar uma audiência por videoconferência com o criminoso, que se especializou em acusar juízes e procuradores da Lava Jato. Tudo isso, porque Duran denunciou o ex-juiz Sergio Moro e Deltan Dallagnol de suposta extorsão.
Appio tem-se preocupado em rever atos praticados por outros juízes, a exemplo da anulação da sentença contra o ex-governador Sérgio Cabral, suspensão de ordem que mandava prender o doleiro Alberto Youssef, decisões revogadas pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região. O Ministério Público Federal tem insistido para que o juiz declare seu impedimento para continuar julgando os casos da Lava Jato, face às suas manifestações políticas e críticas constantes a juízes, procuradores e partes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário