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domingo, 11 de junho de 2023

COLUNA DA SEMANA

Somente até fins de abril, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez quatro viagens a sete países, importando em uma ausência do Brasil, a cada mês. Não resta dúvida de que a prioridade do governo tem sido a política externa, que, efetivamente, foi recanteada pelo incompetente presidente que lhe antecedeu, inclusive criando embaraços para convivência amistosa com alguns líderes. O desentendimento ou declarações infelizes de Bolsonaro, prejudicaram o bom convívio com a França, com Argentina e outras nações, provocando o afastamento desses países de Brasília. Lula iniciou seu périplo internacional na Argentina, logo no mês de janeiro, onde se encontrou com o presidente Alberto Fernández e participou da cúpula da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos; no retorno, fez escala em Montevidéu. Logo depois, em fevereiro, o presidente embarcou para os Estados Unidos, onde encontrou com o presidente Joe Biden. No mês de abril, Lula visitou Shangai e Pequim na China. Na capital, Lula, em entrevista, fez declarações que não agradaram ao parceiro americano. Ainda neste mês, passou por Abu Dhabi e, no final de abril, olhe o petista embarcando para a Europa, em visita a Portugal e Espanha. Em Lisboa participou da Cimeira Luso-Brasileira, e ainda entregou, juntamente com o presidente português, o Prêmio Camões ao artista Chico Buarque, comenda negada pelo ex-presidente Bolsonaro. Em Madrid, o presidente teve encontro com representantes sindicais, e com o Rei Filipe VI, além de outras lideranças. 

No início de maio, Lula deslocou-se para a Inglaterra, onde esteve com o primeiro-ministro, Rishi Sunak e participou da coroação do Rei Charles III, no Palácio Buckingham. Ainda nesse mês, o presidente participou da cúpula de chefes de Estado e de Governo do G7, e integrou reuniões com o primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida e representantes de outros países. Nessas viagens, o presidente tem sido alvo de críticas pelas manifestações confusas, a exemplo de equiparar as responsabilidades pela guerra, na invasão russa da Ucrânia. A reação dos países europeus e dos Estados Unidos, causaram explicação de Lula, que passou a imputar à Rússia pela invasão. O destaque para o mês de maio aconteceu com o encontro de cúpula de países da América do Sul, contando com a presença de 10 presidentes do continente. O desastre foi plantado por Lula quando deu grande destaque para o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, tratando-o com regalias, não conferidas para os outros chefes de Estado. Isso, inclusive, provocou declarações inamistosas de dois presidentes do continente. Nesse encontro, Lula denunciou o fracasso das potências diante das crises internacionais e quer "nova mentalidade" para governar o mundo. 

Todo o problema reside nas frequentes viagens do presidente, que traz algum benefício para o Brasil, mas há efetivo descuido com os problemas internos do país. Lula parece preocupado em assumir liderança de cunho internacional, principalmente pelo aconchego dispensado a países, governados por ditadores, como é o caso da Venezuela, Nicarágua e Cuba. No mesmo tempo, em que o presidente brasileiro junta-se a ditadores do continente, ele repudia posicionamentos corretos dos Estados Unidos e da Europa, acerca da guerra desencadeada pelo carniceiro Vladimir Putin, com quem o presidente brasileiro mostra aproximação, que preocupa as potencias do Ocidente.  

Enfim, o presidente precisa dar mais atenção para os problemas do país!

Salvador, 11 de junho de 2023.

Antonio Pessoa Cardoso
Pessoa Cardoso Advogados.



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